Produtores de leite de Cruzeiro do Sul querem aumentar produção local

Governo vai apoiar com tecnologia de inseminação artificial, regularização de terras e correção do solo

 

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Secretário Edvaldo Magalhães realiza encontro com produtores em Cruzeiro do Sul para aumentar a produção de leite na região (Foto: Flaviano Schneider)

A produção de leite em Cruzeiro do Sul é pequena; apenas 1.200 litros de leite diários, isto para uma população de 78.444 habitantes. Em 2010, a cidade importou cerca de 70 toneladas de queijo provenientes de Rondônia e Goiás, sem contar outros derivados como iogurte e requeijão. Os poucos produtores de leite que persistem na atividade se defrontam com uma série de dificuldades que os impede de aumentar a produção.

 

Ciente da bandeira do governador Tião Viana de incentivar o setor produtivo no estado, o presidente da Associação Comercial do Alto Juruá (Acaj), Marcos Venicio Alencar de Souza, convidou o secretário de Indústria e Comércio (SEDICT), Edvaldo Magalhães, para um encontro com os produtores da região, de modo a que o Governo pudesse intervir na cadeia produtiva do leite visando o aumento da produção.

No encontro os produtores apresentaram as principais dificuldades do setor: terras cansadas que precisam de correção do solo; falta de legalização das áreas e necessidade de tecnologia em inseminação artificial.

O secretário Edvaldo Magalhães explicou que o apoio à atividade leiteira deverá incluir outras secretarias. No âmbito da SEDICT está sendo feito um levantamento de tudo o que o Acre produz e consome. Segundo ele, o governo do Estado tem um olhar especial e apoia algumas cadeias produtivas, dentre elas a bacia leiteira.

“O governador Tião Viana está investindo na cadeia produtiva, desde o apoio, a regularização da propriedade e a melhoria genética dos rebanhos para termos uma maior produção de leite e também estamos investindo na agricultura familiar para ampliar a nossa bacia leiteira”.

Edvaldo Magalhães avaliou que a intervenção governamental no setor se dará em três vertentes: curso de melhoria genética, programa de recuperação de áreas e ampliação do número de produtores. Ele espera que com o programa de compras governamentais, mais produtores se animem e entrem na atividade. Por outro lado o Programa Terra Legal é o grande aliado na legalização das propriedades.

“A produção é pequena, mas temos bravos investidores que sonham em ampliar essa produção e ter o processamento aqui, podendo assim gerar as riquezas e empregos necessários à nossa região”.

“Precisamos de melhores matrizes, mas é importante, melhorar a pastagem, a alimentação das vacas leiteiras que a produção poder até dobrar”, disse João Alberto Nascimento Ferreira, veterinário do Instituto de Defesa Agroflorestal (Idaf).

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