Produtores celebram investimento de três milhões na fruticultura

Branca é liderança na Floresta do Rio Liberdade (Foto: Maria Meirelles/Secom)

“Depois que o Tião Viana passou a governar o Acre, tudo mudou na vida do produtor rural”. O discurso de reconhecimento foi proferido pela agricultora e presidente da Associação da Reserva Extrativista do Rio Liberdade, Maria Renilda Santana, mais conhecida como Branca, durante a entrega de três milhões em fomento produtivo e equipamentos para 138 famílias do Complexo de Florestas do Rio Gregório e entorno, neste domingo, 25.

O investimento do governo do Estado fomenta a fruticultura na região do Vale do Juruá, contribuindo para a recuperação de 276 hectares de áreas alteradas, por meio da geração de trabalho e renda, ao mesmo tempo em que reflete na segurança alimentar das famílias.

Satisfeita com as mudanças, Branca observa que “a vida do produtor rural mudou muito. Antes, a gente puxava mandioca na roda, ralava no ralo e hoje nós contamos com chapa de forno para torrar a massa e motor para transportar a macaxeira”, frisou.

Os equipamentos, entregues para dez associações rurais, foram divididos em kits repassados aos associados beneficiados. O projeto de desenvolvimento da cadeia de valor de frutíferas é executado pelas secretarias de Estado de Meio Ambiente e de Agricultura Familiar, por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA fase dois), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Além de incentivar o processo produtivo, o projeto assegura mercado aos produtores envolvidos, uma vez que garante a comercialização de 36 toneladas por ano de frutas in natura para a indústria de Tarauacá.

Cleomilton Rocha de Oliveira, presidente da Associação Agroextrativista São Francisco de Assis, ressaltou que Tião Viana é o grande responsável pela mudança do padrão de vida do produtor rural. “Hoje nós temos mais qualidade de vida e o respaldo de que podemos produzir com a certeza de mercado garantido”, disse.

O novo investimento também prevê a estruturação da logística de transporte das frutas, bem como a capacitação de 200 produtores em técnicas de plantio, tratos culturais e colheita, gestão comercialização e mercado.

“Estas crianças vão colher os frutos desse investimento”, destacou Edegard de Deus (Foto: Maria Meirelles/Secom)

Produzir para preservar

Com apenas 13% de áreas abertas e 87% de floresta preservada, o Acre tem se tornado altamente produtivo e consolidado uma política de desenvolvimento sustentável, responsável pelo crescimento socioeconômico do estado.

Os investimentos refletem na adesão de boas práticas ambientais, os mais de 200 hectares, destinados para o cultivo das diversas espécies de frutas, deixarão de ser explorados com o fogo.

“São 138 famílias, na base de 276 hectares de mata que vão deixar de serem queimados para receber o plantio das frutíferas”, salientou Xuxa, como é conhecido Cleomilton.

Edegard de Deus, secretário de Estado de Meio Ambiente, reforça que os equipamentos permitem que o agricultor ocupe as suas áreas abertas, diminuindo a utilização do fogo e desmatamento na região. “Essas famílias do Complexo de Florestas, a partir de agora, vão produzir frutas tanto para compor a sua base alimentar, como também para comercializar e melhorar a renda”, enfatizou.

O que disseram

“O aumento produtivo e a melhoria da qualidade de vida dos produtores caminham juntos. Aqui no Juruá, o Estado tem potencializado todas as cadeias produtivas de valor” – Marcos Pereira Barbosa, gerente da Seaprof em Cruzeiro do Sul.

“Esse é mais um dos grandes momentos que estão vinculados ao nosso governo, que tem sido o governo da assistência aos que precisam, da produção, meio ambiente e do desenvolvimento sustentável” – capitão Rômulo Barros, comandante do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro.

“Nós que moramos na cidade, dependemos dos produtos do campo. Esse é um momento especial para mim, que sou filho de produtor e fico honrado em compor uma gestão que associa crescimento econômico com preservação ambiental” – Josinaldo Batista, gerente do Deracre em Cruzeiro.

“São áreas que vão sair do fogo, pois quando a gente planta fruta, não é louco para atear fogo. São pelo menos vinte anos sem utilizar essa prática. Quando se cultiva roça, no ano seguinte se broca capoeira de novo e por isso que a fruticultura é importante para dentro da floresta” – Jorge Luiz da Conceião, presidente da Associação de Extrativistas do Tauaí.

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