As faces do Acre produtivo estão sendo descobertas por novos segmentos da população. Produtos da agricultura local despontaram como alternativas saudáveis de consumo. Uma vez que, durante o período de interdição da BR-364, o estado passa por um período de desabastecimento de alguns itens que vem de outros estados.
Já são mais de 50 dias de cheia do Rio Madeira, que registra 19,61 metros nesta quinta-feira, 3. Apesar de apresentar sinais de vazante, ainda vive-se um momento que necessita do esforço governamental para evitar a falta de itens essenciais.
O produtor Jurandir Antunes recebeu o apoio da Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN) e construiu uma horta em Capixaba. Há dois anos ele planta alface, cebolinha, coentro, pimenta-de-cheiro, jiló, couve, rúcula, salsa e pepino. Após a colheita, a produção dos 100 canteiros é levada para revenda, três vezes por semana, numa das 25 feiras da capital.
Esses são os espaços onde os agricultores expõem os produtos à população e que oportunizam o ganho de renda. Grupos, associações e famílias inteiras se dedicam a essa modalidade, como as feiras de economia solidária, de bairro e até mesmo na Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa), que são fomentados pela prefeitura. “Os produtos daqui são bons e usam menos tóxico”, diz a dona de casa Maria do Carmo.
Só o Mercado Elias Mansour, localizado na região central, possui 344 feirantes divididos em escalas fixas, que comercializam cerca de mil toneladas de produtos por mês. Por meio da Secretaria de Agricultura e Floresta (Safra), os programas de fortalecimento e incentivo à cadeia produtiva beneficiaram mais de 100 produtores e feirantes.