A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE/AC), realizou, nesta quinta-feira, 29, um evento intitulado “Talkshow – Papo de Consciência”, com profissionais que atuam na promoção da igualdade racial e da inclusão no serviço público, para servidores, no auditório da instituição.
O evento, alusivo ao Dia da Consciência Negra (20 de novembro), teve como propósito engajar os servidores em uma reflexão sobre a importância da diversidade e da igualdade no ambiente de trabalho, oferecendo ideias sobre políticas e práticas para a promoção de um ambiente institucional mais inclusivo e representativo.
O evento foi mediado pela chefe do gabinete da procuradora-geral, Isadora Anjos, e contou com a participação de Queila dos Santos e Goreth da Silva, ambas assessoras pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação (SEE); Aryane Maia, assessora jurídica da Procuradoria da República no Acre (MPF/AC), e Almerinda Cunha, coordenadora da Associação Mulheres Negras no Acre.
A PGE/AC busca com a iniciativa tornar o ambiente institucional cada vez mais inclusivo, incentivar a diversidade, garantir práticas respeitosas e igualitárias, além de tornar seu quadro mais instruído acerca do assunto.
“O dia da consciência negra é um dia importante e merece ser celebrado com ações concretas de reflexão. Então, com esse espírito, a Procuradoria do Estado pensou desde o início do ano em realizar uma atividade que pudesse levar os servidores a parar um pouco e refletir sobre as suas condutas. O evento realizado teve como principal objetivo a luta de combate ao racismo e a promoção de um diálogo aberto com quatro mulheres que representam essa causa”, explica Janete Melo, procuradora-geral do Estado.
Almerinda reforça que espaços de diálogo como este são importantes, pois fortalecem a reflexão e a conscientização sobre o tema. “A PGE convidou quatro militantes do movimento negro para trabalhar a história do movimento negro, as afirmativas, a luta pela sobrevivência e vida das mulheres negras. Eu estou muito agradecida à procuradora-geral do Estado pela iniciativa”, explica Almerinda.
Queila pontua que essa discussão é muito importante nas instituições jurídicas para que todos possam aprender mais sobre a cultura negra, sua luta e representatividade. “É interessante que essas instituições estejam atentas às características específicas da população negra, saibam como receber e como orientar”, comentou ela.
Os servidores receberam a iniciativa com muito entusiasmo. “Fiquei muito feliz com a iniciativa da PGE de trazer esse momento enriquecedor para nós servidores. Pautas como estas merecem ser debatidas e lembradas a todo o momento”, reforça a servidora Silvana de Souza.
A PGE/AC trouxe, de modo informal, assuntos reflexivos sobre a consciência negra para conscientizar seus servidores acerca do letramento racial nos órgãos públicos e incentivar o enriquecimento cultural.
“Essa troca das instituições públicas com o movimento negro é valiosa por conta de todo esse processo de racismo. É importante o enfrentamento ao racismo, ao machismo e à violência contra a mulher para que a gente possa, sim, construir uma sociedade diferenciada”, pontua a servidora Raquel Lima.