Neste período de seca, o calor e a fumaça causados pelas queimadas e a baixa umidade do ar provocam drásticas mudanças de temperatura. As alterações climáticas frequentes durante este período são responsáveis por vários problemas respiratórios, em sua maioria causados por vírus, que atingem principalmente crianças e idosos.
Rinovírus, influenza, parainfluenza, adenovírus, metapneumovírus e sincicial respiratório são exemplos das doenças virais mais comuns nesta época.
A pediatra Katyuscia Acli, que atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral, conta que a previsão com base nos anos anteriores é de aumento de casos para os meses de agosto e setembro deste ano.
Ela destaca ainda que o produto das queimadas funciona como alergênico e ativa as doenças respiratórias, em especial a asma, em crianças abaixo de dois anos.
“Hidratar as crianças, beber bastante água, suco e soro nasal para manter a mucosa nasal hidratada, além de não realizar automedicação, seguir as orientações médicas e, caso surgir algum sinal de complicação, procurar atendimento médico são algumas das providências que devem ser tomadas”, explica a médica.
Para identificar os vírus circulantes e monitorar a demanda de atendimentos da doença a Vigilância Sentinela do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), realiza o monitoramento das síndromes respiratórias mais comuns durante esse período do ano.
Tipos de doenças respiratórias
– Síndrome Gripal (SG) – O indivíduo apresenta febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e início dos sintomas nos últimos sete dias.
– Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – O indivíduo já hospitalizado, apresenta febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e dificuldade para respirar. Também podem ser observados os seguintes sinais: saturação de oxigênio menor que 95% ou desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória.