Probabilidade de nova cheia do Rio Madeira como a última é de 0,45%

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Para o Sipam, uma cheia como essa acontece uma vez a cada 220 anos (Foto: Arison Jardim/Secom)

O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) de Rondônia, divulgou na manhã desta segunda-feira, 14, que a probabilidade de uma nova cheia do Rio Madeira na mesma proporção deste ano, para o ano que vem, é de 0,45%. O anúncio ocorreu durante um evento entre os governos de Rondônia e Acre, na sede do instituto.

“Monitoramos o Rio Madeira há cinquenta anos, mas podemos trabalhar com previsões a partir dos resultados obtidos. Essa foi a maior cheia já registrada na história do rio, com uma previsão de uma a cada 220 anos. Para chegar a essa conclusão, usamos um modelo de previsões climáticas chamado ‘método de Gumbel’”, afirmou coordenadora do Sipam, Ana Cristina Strava.

Para se ter uma ideia do quão atípica é a cheia do Rio Madeira este ano, que atingiu 42,5% do Estado de Rondônia e isolou o Acre, inundando a BR-364, o maior registro já feito anteriormente foi de 17,50m, em sua história de monitoramento. Já este ano o rio chegou a atingir 19,74m.

Motivos da cheia

Ana Strava também apresentou os motivos que levaram ao Rio Madeira a apresentar uma cheia tão grande como essa. Segundo ela, o Sipam já havia observado que, em setembro e outubro do ano passado, choveu nas cabeceiras do rio, na Bolívia, um volume de água maior do que o registrado nos últimos 50 anos na mesma região. O acúmulo desse grande volume de água nas cabeceiras, mais as chuvas que não pararam, foram o principal motivo da cheia do Madeira.

Agora que o volume das águas está diminuindo, o Sipam não acredita em “repiquetes” que possam aumentar o nível das águas novamente.

Sipam

O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) foi criado para integrar informações e gerar conhecimento atualizado para articulação, planejamento e coordenação de ações globais de governo na Amazônia Legal brasileira, visando à proteção, à inclusão social e ao desenvolvimento sustentável da região.  Para tanto, o sistema utiliza dados gerados por uma complexa infraestrutura tecnológica, composta por subsistemas integrados de sensoriamento remoto, radares, estações meteorológicas e plataformas de dados instalada na região. Graças a esse aparato, o Sistema de Proteção da Amazônia é capaz de promover o completo monitoramento da região e produzir informações em tempo próximo ao real.

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