Primeiro transplante de rim de 2015 com doador vivo ocorre nesta quarta

 

Esse será o sétimo transplante de rim do ano e o primeiro entre doadores vivos de 2015 (Foto: Arquivo  Sesacre)
Esse será o sétimo transplante de rim do ano e o primeiro entre doadores vivos de 2015 (Foto: Arquivo
Sesacre)

Mais um transplante de rim será realizado em Rio Branco, nesta quarta-feira, 13, o primeiro procedimento intervivos (doador vivo) do ano. O doador é irmão do receptor. Os pacientes estão internados no Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco se preparando para a cirurgia de retirada e implante do órgão.

Esse tipo de procedimento é possível quando se trata de órgãos duplos ou partes de órgãos e tecidos, cuja retirada não cause ao doador comprometimento de suas funções vitais e aptidões físicas ou mentais nem provoque deformação. Também é necessário que doador e receptor tenham tipagem sanguínea compatíveis.

O candidato a doador passa por uma bateria de exames que incluem avaliação psicológica e estudo dos vasos e da circulação renal, além de assinar um documento no qual afirma que é doador por livre vontade. Se o doador for pai ou mãe, irmão, filho, avô, tio ou cônjuge, precisa informar ao Ministério Público a doação. Parentes distantes e não parentes devem pedir autorização da Justiça.

Segundo a nefrologista Jarine Camilo, as operações ocorrem simultaneamente no doador e receptor. O tempo de duração, entre retirada e implante, é de três a quatro horas. “O procedimento é tranquilo e dura no máximo quatro horas. O doador demora em média duas semanas para se recuperar e o receptor, 30 dias”, explicou Jarine.

Quarto lugar em transplantes de rim e fígado proporcionalmente

Um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto) coloca o Acre em quarto lugar em número de transplantes de rim e fígado realizados por milhão de população (pmp) por estado, com 32,7 e 16,3 procedimentos respectivamente.

Referentes ao primeiro trimestre de 2015, os dados também mostram que o estado é um dos oito que tiveram mais do que 50 notificações de potenciais doadores pmp e obtiveram as maiores taxas de doadores efetivos.

O estado se mantém em segundo lugar em número de potenciais doadores (pessoa com diagnóstico confirmado de morte encefálica) por milhão de pessoas – 86,1 -, ficando atrás apenas do Distrito Federal, com 103,8 potenciais doadores pmp.

“Podemos perceber um aumento significativo no número de doações efetivadas no estado. Esse número poderia ser ainda maior se mais famílias se conscientizassem e optassem por doar os órgãos de seus entes falecidos”, disse a coordenadora da Central de Transplantes do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco, Regiane Ferrari.

Desde sua fundação, no ano de 2006, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO/Acre) já realizou 220 transplantes de rim, córnea e fígado.

Leia também: Acre é o quarto estado em número de transplantes.

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