A partir de 2022, os aeroportos de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Manaus (AM), Tabatinga (AM), Tefé (AM), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR) serão administrados pela iniciativa privada. Por meio de leilão promovido pelo governo federal, a empresa francesa Vinci Airports, ligada ao Grupo Vinci, ofertou lance de R$ 420 milhões e conquistou a concessão dos setes terminais localizados na Amazônia Ocidental pelos próximos 30 anos.
Nesta quinta-feira, 26, o governador Gladson Cameli recebeu o diretor-presidente da Vinci Airports Brasil, Júlio Ribas, no Palácio Rio Branco. Durante a reunião, o gestor parabenizou a nova empresa pela ousadia de investir na região e assegurou o apoio institucional do Estado para a melhoria do setor aéreo acreano.
“Primeiramente, gostaria de dar as boas-vindas à Vinci e o meu muito obrigado por acreditar no nosso estado. Da nossa parte, estamos à disposição para firmar parcerias que resultem em benefícios para a nossa população. Contem com o governo para dar os incentivos possíveis e as condições necessárias no que diz respeito às melhorias do transporte aéreo”, afirmou.
Um dos estímulos garantidos na administração de Cameli às companhias aéreas é a redução do percentual de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no combustível para aviação em voos diurnos. A taxa caiu de 25% para 3%, a menor do Brasil.
O governador falou ainda da relevância histórica da aviação para vencer as peculiaridades geográficas e também as grandes distâncias impostas na Amazônia. Segundo Cameli, é preciso avançar na interligação entre os estados da região com a retomada e estabelecimento de novos destinos.
“Não podemos mais aceitar que, para irmos até Manaus ou Boa Vista, por exemplo, tenhamos que viajar até Brasília. Vocês têm esse grande desafio pela frente e espero que possamos nos unir para encontrar uma solução definitiva. Essa conectividade já existiu no passado e precisamos que ela seja feita novamente”, frisou.
Novos investimentos, integração da Amazônia e oferta de mais voos estão entre as prioridades da Vinci Airports
De acordo com Júlio Ribas, assim que a empresa assumir a gestão, estão previstos investimentos em melhorias nas pistas de pousos e decolagens e nos terminais de passageiros. O presidente da Vinci Airports Brasil confirmou ainda a grande expectativa em torno da experiência inédita de administrar os aeroportos das duas maiores cidades acreanas, bem como promover a integração entre os próprios estados do Norte e com as demais regiões do país.
“Estamos extremamente motivados com esse projeto e a nossa intenção é desenvolver o tráfego aéreo na região do Acre, para que os acreanos possam ter mais facilidade para voar, assim como mais pessoas venham conhecer o estado e mais oportunidades de negócio sejam concretizadas”, disse.
“A população pode esperar aeroportos funcionais, seguros e agradáveis. Uma das nossas maiores missões é promover uma maior conexão entre os aeroportos da Amazônia Legal. Está no topo das nossas prioridades retomar os voos regulares entre Rio Branco e Porto Velho, além de melhorar a conexão daqui com Manaus e o Sul do Brasil. Também queremos internacionalizar o aeroporto, para que no seu devido momento possamos ter voos para a Bolívia e Peru, por exemplo”, completou.
Atualmente, a Vinci Airports administra 45 aeroportos em 12 países da Europa, Ásia e nas Américas. No Brasil, a empresa opera o aeroporto de Salvador, na Bahia.
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cezar Rocha dos Santos; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo César Rocha dos Santos; o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (Deracre), Petronio Antunes; e o coordenador de Resposta à Emergência do Salvador Bahia Airport, Jader Depa, também participaram do encontro.