Polícia Civil deflagra Operação Fake Bois e desmantela esquema de emissão de guias de transporte animal

Na manhã desta sexta-feira, 26, a Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor) deflagrou a primeira fase da “Operação Fake Bois” e desmantelou um robusto esquema de fraude no sistema de emissão de guias e controle de rebanho bovino acreano.

Durante o cumprimento de mandado de prisão e de busca e apreensão, expedidos pela 2ª  Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, foi possível prender uma pessoa e apreender vasto material documental e material em mídia digital que comprovaram a efetividade do investigado nos crimes de corrupção passiva, inserção de dados falsos no sistema e fraude contra administração pública.

A ação criminosa gerou prejuízos à arrecadação de impostos e possibilitou o transporte de animais sem o devido controle sanitário Foto: Odair Leal/Secom

A investigação policial teve inicio após a auditoria do Instituto de Defesa Animal e Florestal (Idaf) detectar irregularidades na emissão na Guia de Transporte de Animais (GTA), na inserção de dados falsos no sistema de controle do rebanho bovino do estado e no desaparecimento de multas emitidas pelo órgão.

Ao tomar conhecimento das informações repassadas pelo Instituto de Defesa Animal e Florestal (Idaf) sobre o cometimento das irregularidades, a Polícia Civil deu início ao processo investigativo e remontou os fatos ocorridos em 2018, ano em que se coletou maior número de infrações cometidas por um funcionário cedido pelo Fundepec para trabalhar no órgão desde 2012.

A fraude se consolidava quando a inserção de dados falsos era feita no sistema de controle de animais, o que possibilitava a emissão da GTA e que por sua vez, legalizava, em tese, o rebanho e seu efetivo transporte. Outra forma fraudulenta descoberta pela equipe de investigação é a de apagar do sistema de controle multas que eram aplicadas pelo órgão a infratores. O fato ocorria quando o próprio fraudador identificava e pendência de multa no sistema, realizava contato com a pessoa que foi multada e lhe cobrava propina para que ela fosse deletada do sistema, o que possibilitava a movimentação no sistema sem restrição.

O investigado, que era responsável pelo setor de alimentação de dados do órgão, foi demitido em 2020 pela prática criminosa e preso nesta sexta por força de ordem judicial. A ação criminosa gerou prejuízos à arrecadação de impostos e possibilitou o transporte de animais sem o devido controle sanitário e possível transporte de carga viva de origem duvidosa.

 

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