O Departamento da Polícia Técnico-Científica (DPTC), subordinado à Secretaria de Estado da Polícia Civil, é responsável por transformar vestígios em provas concretas durante a investigação de um crime. O trabalho dos peritos criminais ocorre nos bastidores de um fato, mas é essencial para efetivar a verdade e concluir o caso.
[aspas fala=”Como em um quebra-cabeça, cada peça é importante para ter a compreensão do fato. Nosso trabalho consiste em materializar a ciência em prova técnica” autor=”Halley Vilas Boas, diretor-geral do DPTC”]
No Acre, os primeiros trabalhos periciais tiveram início em 1977. Nesses 40 anos, as investigações ficaram mais precisas e minuciosas e passaram a considerar os microvestígios encontrados no local do crime, como a impressão digital em uma arma de fogo e o material genético contido em uma gota de sangue. Durante esse tempo, foi fundamental o investimento em tecnologia e recursos humanos.
Márcia Parazzi, perita criminal do Laboratório de Química e Biologia Forenses do DPTC, lembra que até bem pouco tempo atrás os métodos e as máquinas responsáveis pelas análises eram precários e até insuficientes. Com o avanço tecnológico, os equipamentos diminuíram de tamanho e permitiram obter resultados mais rápidos. “Um exame que antes demorava três dias para ficar pronto hoje é concluído em três horas”, conta Márcia Parazzi.
Equipamentos para detecção de documentos falsos e substâncias químicas, por exemplo, variam de R$ 100 a 700 mil. Para lidar com equipamentos caros e executar trabalhos específicos, é imprescindível contar com profissionais qualificados de diferentes áreas de formação.
Biólogos, veterinários, profissionais da tecnologia da informação e das engenharias civil, florestal e elétrica atuam hoje na elaboração de laudos periciais. Muitos desses policiais possuem título de mestrado e doutorado.
Tecnologia a favor da investigação
Para chegar a provas contundentes, os peritos contam com recursos de ponta. Um exemplo é a luz forense, que identifica vestígios biológicos não vistos a olho nu, como manchas de sangue ou suor. Para ganhar mais agilidade e não perder nenhum detalhe, o scanner 3D captura a cena do crime e reproduz em imagens para análise no laboratório.
Além da agilidade e da segurança, a tecnologia permitiu humanizar o processo de investigação criminal, evitando outros métodos para obtenção de provas. As evidências são levantadas de forma científica e dão o rumo à verdade.
[aspas fala=”No Acre, esse trabalho sempre foi inconteste. Não inocentamos o culpado nem julgamos o inocente” autor=”Halley Vilas Boas”]
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