Polícia prende quatro pela morte de presidente da Câmara de Acrelândia

Diretor Geral de Polícia Civil, Emylson Farias, garante que investigações avançam para identificação dos mandantes do crime 

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Após um trabalho minucioso de investigação, a Polícia do Acre prendeu 4 acusados pela morte de Fernando José da Costa, 46, o Pinté, vereador do Partido Progressista (PP) e presidente da Câmara de Vereadores de Acrelândia, executado a tiros no dia 1º de maio, por volta das 20 horas.

O anúncio das prisões e a apresentação dos acusados foram feitas na tarde desta segunda-feira, 31, pelo Delegado Geral da Polícia Civil, Emylson Farias, durante entrevista coletiva à imprensa. Também participaram da coletiva, a delegada Juliana de Angelis (presidente do inquérito) e a promotora de Justiça que acompanha o caso Maria de Fátima Ribeiro Teixeira.

Um dos envolvidos é José Antônio da Silva, o Zezão, pistoleiro que responde por crime de mando, na cidade de Araputanga (MT), que ainda se encontra foragido. Ele é procurado pela Polícia de outros estados pelo mesmo crime. Segundo as investigações da polícia acreana, ele foi o autor dos disparos que mataram o vereador Pinté, e teria recebido a importância de R$ 6 mil pelo crime. No inquérito, com mais de 132 páginas, consta o depoimento de várias testemunhas que afirmam que José Antônio da Silva é o pistoleiro que executou a vítima.

A Polícia do Acre trabalha para encontrar o acusado. "José Antônio tem um mandado de prisão preventiva decretado pelo juiz Jorge Alexandre Ferreira, em 19 de janeiro de 2009, da Comarca de Araputanga (MT). Trata-se de um profissional do crime, acostumado driblar a polícia de vários estados, mas está em vias de ser alcançado pela polícia acreana", destacou Emylson.

Francisco de Assis Alcântara Gonçalves (primeiro preso), Éder de Arruda Chaves, Miguel Pereira da Silva e Jhonata Alves da Silva completam a lista de acusados presos. Miguel é primo de Zezão e seria o responsável por organizar a trama que resultou no assassinato.

A polícia trabalha na individualização de cada participante do crime e não pôde adiantar nomes dos possíveis mandantes da morte do vereador, já que as investigaçõs continuam. A promotora Maria de Fátima disse que o inquérito está cercado de provas robustas, o que demonstra o esforço das instituições de segurança do Acre, para completa elucidação do crime.

Os investigadores ainda apreenderam uma pistola, uma escopeta e um revólver 38, que pode ter sido a arma usada para matar o Pinté. O revólver está passando por uma criteriosa balística, no Instituto de Criminalística, onde estão sendo checados vestígios da munição extraída do corpo da vítima.

A delegada Juliana de Angelis, que preside o inquérito, ressaltou que a Polícia Civil trabalhou de forma incessante e desde quando ocorreu a morte, reforçou o número de investigadores, para ajudar na apuração do caso. "O trabalho tem sido acompanhado pela promotora de Justiça Maria de Fátima", observou a delegada.

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