Estratégia de controle da tuberculose é realizada no sistema prisional do Acre

A população privada de liberdade é responsável por 10% dos casos de tuberculose registrados no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). Pensando em reduzir esse percentual, o MS, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), lançaram o projeto em apoio a saúde da comunidade carcerária com foco na tuberculose.

O objetivo é ampliar o diagnóstico e tratamento precoce, melhorando as estratégias de controle da tuberculose no sistema prisional.

No Acre, as ações do projeto, terão duração de dois anos, estão sendo realizadas pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVE) e o Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen), iniciando pela Unidade de Acolhimento Provisório do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde.

Segundo a apoiadora do projeto no Acre, Belkis Hernandez, a estratégia será realizada em todo o país e terá foco na educação em saúde, além da realização de oficinas regionais e organização da rede de atenção à saúde.

“Estamos atuando nas portas de entrada, ampliando o diagnóstico e tratamento precoce de todos os doentes de tuberculose no sistema prisional, apoiando na organização dos fluxos de assistência a saúde, bem como buscando estratégias para os familiares dos privados de liberdades, agentes de segurança e profissionais de saúde da unidade prisional, com informações que possam contribuir para adesão e manutenção do tratamento dentro e fora dos presídios”, comentou Hernandez.

Ainda de acordo com Belkis, em 2018 foram notificados 489 casos de tuberculose no Acre. Desses, 431 foram casos novos. Aproximadamente cinco dos pacientes foram a óbito, ou seja, 1,2%. Já a incidência dessa doença dentro do sistema prisional do Estado tem aumentado nos últimos três anos. Em 2016 foram diagnosticados 78 casos, saltando para 112 em 2017 e 125 em 2018. O percentual de cura desses pacientes foi de 95%.

“Estamos trabalhando para reduzir a carga da doença nos ambientes mais propícios, como é o caso dos presídios, que frequentemente estão superlotados. Isso tem impacto direto a população em geral, vez que as pessoas privadas de liberdades recebem visitas de familiares, e têm contato direto com os profissionais do sistema prisional, o que pode ocorrer uma transmissão da doença”, justificou a apoiadora.

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