Programa do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico oferece este ano três áreas distintas para pesquisa
O produtor de uma pequena comunidade rural recebe informação preciosa sobre o cultivo de mel de abelha sem ferrão ao mesmo tempo em que os moradores de localidades próximas a mananciais aquíferos podem acessar a lista da população de peixes de igarapés e lagos. Estes são alguns exemplos do que a pesquisa científica pode oferecer para melhorar a qualidade de vida e renda dos habitantes de uma região. Com o propósito de expandir e amparar a pesquisa e apoiar o desenvolvimento científico, o Governo do Estado por meio do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FDCT/Funtac) lançou em 14 de abril os editais do Programa FDCT de Formação de Pesquisas Locais.
Criado em 2003 o fundo têm disponível, este ano, R$ 1,4 milhão com recursos exclusivamente aplicados pelo Governo do Acre. O teto alcança o valor de R$ 35 mil, R$ 10 mil a mais do estabelecido em 2008. "O Governo do Estado tem se mostrado sensível cada vez mais com o fundo. Estamos nos estruturando a cada ano para incentivar a produção científica no Acre", informa a coordenadora do FDCT, Lucimar Araújo Ferreira.
A comunidade científica encontra nos editais de 2009 uma novidade com o desmembramento em três áreas: uma destinada a projetos referentes a apoiar e disseminar pesquisas científicas e tecnológicas que tenham como área de execução a Floresta Estadual do Antimary, a outra com foco voltado para a Reserva Extrativista Chico Mendes e a terceira para 11 outros campos de interesse com exceção do tema saúde a ser contemplado posteriormente em programa específico fruto de convênio com o CNPq.
Os critérios de avaliação das propostas são rigorosos e segue um padrão que valoriza a coerência na execução do projeto e a transparência na aplicação dos recursos que, ao final, serão declarados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Após análise preliminar feita por equipe da Funtac, os projetos são encaminhados a consultores externos que verificam o caráter científico da proposta e em seguida a uma câmara técnica. "Se não for feito desta forma não teremos controle sobre a utilização dos recursos", afirma Lucimar Ferreira. O programa FDCT tem 19 projetos contratados, sendo que 16 deles estão em execução. Pesquisadores, mestres e doutores, têm um prazo entre 18 e 24 meses para a conclusão dos trabalhos.
As ferramentas de inovações tecnológicas utilizadas promovem o desenvolvimento econômico e social de pequenas comunidades, estabelecem padrões e rotinas antes desconhecidos e oferecem informações facilitadas a produtores rurais e grupos associativos, como o que estabelece protocolos de tratamento hormonal em vacas leiteiras para o Programa de Transferência de Embriões levando resultados imediatos à bacia leiteira do Estado. As propostas de pesquisa podem ser apresentadas até 20 de maio.
O FDCT disponibiliza outras formas de contratação de projetos a partir de convênio com outras instituições como o Programa DCR, o PPP e o Programa PIBIC JR, em parceria com o CNPq; o PIBIC Universitário, com a Ufac. Este ano também será lançado o Programa FDCT – Apoio a dissertações e teses.
Os editais estão disponíveis na página da Funtac na internet no endereço www.funtac.ac.gov.br .
