Parcerias garantem tecnologia nas lavouras de café do Acre

Variedade de café clonal tem produtividade de 123 sacas por hectare, bem acima da média de 15 sacas do café plantado por sementes (foto: Leõnidas Badaró)
Variedade de café clonal tem produtividade de 123 sacas por hectare – bem acima da média de 15 sacas do café plantado por sementes (Foto: Leônidas Badaró)

O grande desafio para melhoria na qualidade do café produzido no Acre é oferecer aos produtores novas tecnologias que impulsionem a cafeicultura. Para que isso aconteça, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seap) tem buscado parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), responsável pela criação de novas tecnologias na área do café.

Foi o que se viu durante o dia de campo realizado na sexta-feira, 10. Pesquisadores, especialistas na produção de café, compartilharam experiências na produção com produtores rurais e estudantes.

Marcelo Curitiba, especialista da Embrapa Rondônia, mostra, durante o dia de campo, uma muda clonal de café (foto: Leônidas Badaró)
Maurício Curitiba, especialista da Embrapa Rondônia, mostra, durante o dia de campo, uma muda clonal de café (foto: Leônidas Badaró)

Uma das principais tecnologias para o desenvolvimento da cultura é o uso de mudas clonais de café em substituição ao plantio com sementes. A técnica aumenta em até 10 vezes a produtividade de uma lavoura.

“A utilização do clone permite a padronização da lavoura. Todos os grãos de café amadurecem na mesma época, o agricultor usa os mesmos tratos culturais na planta. Isso aumenta a produtividade, diminui o desperdício e melhora a qualidade da futura bebida”, afirma Marcelo Curitiba, pesquisador da Embrapa de Rondônia.

O local de realização do dia de campo é onde a Embrapa desenvolve uma nova variedade de café clonal. Apesar de ainda estar em fase de testes, os resultados já são promissores.

Na segunda safra, a média de colheita chega a 123 sacas por hectare – bem acima da média de 15 sacas por hectare do café cultivado por semente no Acre.

Produtores rurais e estudantes participaram do dia de campo realizado no campo experimental da Embrapa (foto: Leônidas Badaró)
Produtores rurais e estudantes participaram do dia de campo realizado no campo experimental da Embrapa (foto: Leônidas Badaró)

Produtores rurais agradecem possibilidade de novos conhecimentos

Para quem é produtor rural e planta café uma experiência como a do dia de campo é uma excelente oportunidade para adquirir mais conhecimentos. É o caso do agricultor Gerci de Souza que tem uma lavoura de quatro hectares de café clonal no município de Epitaciolândia, maior produtor do grão no estado. “Só com conhecimento a gente consegue produzir com qualidade e entrar no mercado consumidor”, afirma.

Falando em mercado, o Acre, pelas condições climáticas e de solo, possui um grande potencial para o cultivo do café. Apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores mundiais, ainda importa café de outros países, como o Vietnã.

Nova variedade de café clonal foi apresentada aos produtores rurais pelos pesquisadores da Embrapa (foto: Leônidas Badaró)
Nova variedade de café clonal foi apresentada aos produtores rurais pelos pesquisadores da Embrapa (foto: Leônidas Badaró)

José Carlos Reis, gestor da Seap, acredita que, com a aplicação de novas tecnologias, os produtores acreanos têm condições de aumentar a produção e atender à demanda do país. “Esse é o caminho que estamos percorrendo. Buscando parcerias para que o café do Acre tenha quantidade e qualidade para atender o mercado brasileiro.”

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter