Ocorreu durante esta semana, em Rio Branco, a II Oficina Anual de Planejamento de Ações e Metas para combate ao avanço das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A programação do evento contou com a presença de um técnico especialista em economia e financiamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, Manoel Alves Braga.
Além disso, estiveram presentes também a equipe do Programa Estadual de ISTs do estado de Rondônia, representantes das ONGs Amar e Ardef e técnicos municipais de Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Brasileia, Sena Madureira e Rio Branco, municípios que já recebem incentivo financeiro para trabalhar ações voltadas à prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV/Aids, hepatites virais e sífilis.
Segundo a coordenadora do programa de ISTs, Suilany Souza: “a questão da garantia do financiamento é primordial para a efetiva execução das ações voltadas para a prevenção, diagnóstico e tratamento das ISTs nos territórios. Daí a importância de se criar metas para utilizar melhor o recurso já disponível, priorizando as áreas de maior impacto para a população”.
Na área da saúde as necessidades são crescentes e os recursos muitas vezes não conseguem acompanhar a demanda. Há constante incorporação de tecnologias, novos tratamentos, o que encarece o serviço. No caso do Sistema Único de Saúde, por se tratar de uma proposta de atendimento universal e integral, as despesas são ainda mais altas.
“O Estado vem buscando seguir a Receita Nacional: serviços que representam os anseios da saúde e da própria população, enfrentando juntos os desafios do SUS e suas nuances para promover uma assistência integralizada”, destacou Suilany.
Diretrizes e metas:
• Oferta de testagem anti-HIV para 100% de gestantes assistidas no SUS;
• Acompanhamento de gestantes soropositivas e crianças expostas ao risco;
• Disponibilização de testagem rápida de HIV, hepatites virais e sífilis na população geral, sob demanda espontânea nos serviços de atenção primária e especialista, como centros de testagem e acompanhamento (CTAs) e Serviço de Assistência Especializada (SAE), assim como a disponibilização de exames como carga viral, CD4 e CD8;
• Ações de parceria com empresas e escolas em Educação Afetiva Sexual;
• Promoção de ações frente a atores que trabalham populações de grau de risco acrescido: profissionais do sexo, população confinada, usuários de droga;
• Incentivo à imunização contra hepatite B em nossa população, como estratégia de prevenção à doença sexualmente transmissível;
• Apoio a pessoas vivendo com HIV/Aids, por meio de melhor qualificação da assistência especializada dispensada pelas equipes técnicas do SAE e CTAs, entre outras.