O programa “Trajetórias Artes Visuais” apresenta a obra do artista visual acreano Chico da Silva na Usina de Arte. São cerca de 20 telas, em guache e giz, expostas na galeria que leva seu nome. A ideia do projeto, que já contou com Ivan Campos, Dalmir Ferreira, Danilo de S’Acre, Marco Lenísio, Ueliton Santana, Luiz Carlos Gomes e Darci Seles, é aproximar o público da produção de artistas visuais acreanos. A obra de Chico da Silva fica em cartaz até o dia 17 deste mês. A ação é promovida pelo governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM).
“O projeto pretende também criar espaços de interação e troca de saberes, dando visibilidade à produção das artes visuais no Acre”, disse Danilo de S’Acre, do Núcleo de Artes Visuais da Usina, que coordena o programa.
O artista – Chico da Silva nasceu em Cruzeiro do Sul, no Alto Tejo (Acre), em 1910. Em 1934, embarcou com a família para o Ceará, indo morar em Fortaleza.
Chico da Silva foi descoberto pelo pintor suíço Jean-Pierre Chabloz, em meados da década de 1950, na praia do Pirambu. Chabloz ensinou-lhe as técnicas do guache e do óleo. Logo passou a expor seus trabalhos na cidade, no Rio de Janeiro e na Suíça.
Seus traços, inicialmente feitos a carvão, impressionavam pela riqueza de detalhes e abstração. Eram dragões, peixes voadores, sereias, figuras ameaçadoras e de grande densidade e formas. Também foi pintor de lendas, folclore nacional, cotidiano e seres fantásticos.
Falecido em 1985, Chico da Silva deixou uma obra polêmica e cobiçada. O artista tornou-se “cult” por representar o retrato perfeito da pintura primitivista da Amazônia. Chico da Silva é o acreano mais festejado no meio das artes plásticas no Brasil e na Europa.