O melhor amigo do homem pode auxiliar na segurança da sociedade

Aposentada após oito anos de trabalho, a cadela Una foi a primeira da Polícia Militar
A cadela Una foi a primeira da Polícia Militar (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Considerado o melhor amigo do homem, o cão também pode ser uma ótima opção no auxílio à polícia para localizar substâncias ilícitas e pessoas perdidas. Além disso, eles também podem imobilizar suspeitos em ações de combate à criminalidade.

Os caninos podem adentrar, sem grande esforço, locais onde os policiais não conseguiriam, têm uma audição diferenciada e um olfato poderoso. Muitas vezes a atuação desses animais é o diferencial para prender um criminoso.

No Acre, a Companhia de Policiamento com Cães (CPCães), local onde são treinados os cães policiais, possui 20 abrigos para os animais, além de maternidade e clínica veterinária com sala cirúrgica e bloco de treinamento aquático.

Cães iniciam treinamentos ainda filhotes e seguem no aperfeiçoamento de técnicas (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Cães iniciam treinamentos ainda filhotes e seguem no aperfeiçoamento de técnicas (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Treinamento desde filhote

A CPCães trabalha com quatro raças: pitbull, labrador, pastor alemão e belga malinois. Todos seguem uma linha de treinamento em objetos como: caixas de madeira, bolsas, malas, veículos e em terrenos baldios, para identificar onde podem estar escondidos entorpecentes.

“O treinamento começa desde o cão filhote. Percebemos qual o cachorro mais ativo, selecionamos e começamos o adestramento. Cada cão tem seu adestrador, pois o animal cria um vínculo. Daí para frente, passa a ser o seu companheiro no policiamento com animais”

Flávio Inácio, comandante da CPCães

Flávio Inácio acrescenta ainda que o cão recebe o treinamento para poder identificar entorpecentes em malas, carros e até mesmo em residências. Entretanto, em nenhum momento o animal se torna viciado em drogas. “Vale ressaltar que os animais não entram em contato com a droga, eles sente o odor da substância e procura nos objetos. Para os cães tudo isso é como se fosse uma brincadeira, mas nas operações em que são envolvidos, dificilmente erram quando farejam algo para o que foram treinados”, completa Flávio.

A cadela Sol, da raça dobermann, está com a Força Nacional e já identificou mais de 300 quilos de drogas em operações policiais (2)
A cadela Sol está com a Força Nacional e já identificou mais de 300 quilos de drogas em operações (Foto: Cedida)

Cães acreanos na Força Nacional

Ao todo, a PM já enviou quatro cães farejadores para a Força Nacional de Segurança Pública. Mais de 800 quilos de maconha e cocaína foram apreendidos graças às ações deles.

Só Ralf, um cão pastor alemão, já identificou cerca de 400 quilos de drogas. Recentemente, voltou para Rio Branco. Já as cadelas Ita e Sol estão em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.

Vida saudável para o animal

De acordo com o sargento e veterinário Alexandre Farias, os cães têm um tratamento rigoroso. O treinamento é sempre respeitoso e, após oito anos de atividades, quando os animais se aposentam, a maioria vai para a casa do policial que o treinou, ao invés de continuar no canil. Nada mais do que justo para quem desempenhou um papel fundamental de combate ao crime e proteção da sociedade.

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