Considerado o melhor amigo do homem, o cão também pode ser uma ótima opção no auxílio à polícia para localizar substâncias ilícitas e pessoas perdidas. Além disso, eles também podem imobilizar suspeitos em ações de combate à criminalidade.
Os caninos podem adentrar, sem grande esforço, locais onde os policiais não conseguiriam, têm uma audição diferenciada e um olfato poderoso. Muitas vezes a atuação desses animais é o diferencial para prender um criminoso.
No Acre, a Companhia de Policiamento com Cães (CPCães), local onde são treinados os cães policiais, possui 20 abrigos para os animais, além de maternidade e clínica veterinária com sala cirúrgica e bloco de treinamento aquático.
Treinamento desde filhote
A CPCães trabalha com quatro raças: pitbull, labrador, pastor alemão e belga malinois. Todos seguem uma linha de treinamento em objetos como: caixas de madeira, bolsas, malas, veículos e em terrenos baldios, para identificar onde podem estar escondidos entorpecentes.
“O treinamento começa desde o cão filhote. Percebemos qual o cachorro mais ativo, selecionamos e começamos o adestramento. Cada cão tem seu adestrador, pois o animal cria um vínculo. Daí para frente, passa a ser o seu companheiro no policiamento com animais”
Flávio Inácio, comandante da CPCães
Flávio Inácio acrescenta ainda que o cão recebe o treinamento para poder identificar entorpecentes em malas, carros e até mesmo em residências. Entretanto, em nenhum momento o animal se torna viciado em drogas. “Vale ressaltar que os animais não entram em contato com a droga, eles sente o odor da substância e procura nos objetos. Para os cães tudo isso é como se fosse uma brincadeira, mas nas operações em que são envolvidos, dificilmente erram quando farejam algo para o que foram treinados”, completa Flávio.
Cães acreanos na Força Nacional
Ao todo, a PM já enviou quatro cães farejadores para a Força Nacional de Segurança Pública. Mais de 800 quilos de maconha e cocaína foram apreendidos graças às ações deles.
Só Ralf, um cão pastor alemão, já identificou cerca de 400 quilos de drogas. Recentemente, voltou para Rio Branco. Já as cadelas Ita e Sol estão em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.
Vida saudável para o animal
De acordo com o sargento e veterinário Alexandre Farias, os cães têm um tratamento rigoroso. O treinamento é sempre respeitoso e, após oito anos de atividades, quando os animais se aposentam, a maioria vai para a casa do policial que o treinou, ao invés de continuar no canil. Nada mais do que justo para quem desempenhou um papel fundamental de combate ao crime e proteção da sociedade.