Valorizar a indústria acreana, gerando uma maior receita e renda para os empresários locais. Esse é o principal objetivo do novo Programa de Compras Governamentais, que foi lançado pelo governo do Estado na manhã desta quarta-feira, 4, no auditório da Federação das Indústrias do Acre (Fieac).
O Programa de Compras Governamentais foi criado em 2012 pela Lei 2.548, como forma de incentivar o desenvolvimento das indústrias acreanas. Segundo a lei, a administração pública poderá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à aquisição de produtos fabricados por indústrias instaladas no estado.
Mas, para o governador Gladson Cameli, foi hora de uma mudança no programa, que deixou de atender somente o setor moveleiro e passa agora a incorporar os setores alimentício e têxtil. Isso dará uma imensa oportunidade para os empresários locais, aumentando a circulação de dinheiro dentro do estado, o que é capaz de gerar mais emprego e renda nesses setores, principalmente a partir das pastas estaduais de educação e saúde, que possuem alta demanda de materiais.
Representando o governador, o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Anderson Abreu, destacou que este é um momento único para o fortalecimento desses setores em todo o Acre.
“A ideia não é apenas esses dois setores, mais irmos ampliando para todos. Foi um ganho muito grande colocarmos os setores alimentício e têxtil dentro das compras governamentais e a partir do ano que vem queremos ir além. Porque se aumentamos o fomento, aumentamos o número de trabalhadores. E o governo vai dar esse apoio para a indústria”, conta Abreu.
Sindicatos satisfeitos
Além das novidades, foi firmada uma parceria entre governo, Fieac e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para disponibilizar a todos os empresários atendimento especial para que entendam como funciona o credenciamento junto ao programa, que também não exigirá mais um intermediário.
O presidente da Fieac, José Adriano, ressalta: “Já estamos comemorando um convênio firmado com o Estado dentro do nosso plano de cultura exportadora, onde temos um escritório com assessoria do governo e da federação para orientar os empresários. Agora, com as compras governamentais, temos um avanço muito maior. Aumentamos os setores que vão ganhar uma autoestima maior, valorizando o empresário acreano e seu produto”.
Abraão Figueiredo, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção do Acre, esteve presente no lançamento do programa e destaca que a indústria acreana tem capacidade sim de dar conta das demandas que serão apresentadas pelo governo.
“A indústria de confecções do Acre está sim bem preparada e estruturada. São empresas modernas, bem estruturadas, com alta capacidade de produção diária. Para se ter uma ideia, hoje o Acre é capaz de produzir mais de 30 mil peças por dia de vestuário. E a indústria recebe essa notícia com muita alegria, porque nunca antes tivemos uma demanda tão grande de confecção têxtil”, conta Figueiredo.