Novo formato de atuação de farmacêuticos é discutido em Rio Branco

Prioridades da Assistência Farmacêutica do Acre serão levadas à 15ª Conferência Nacional de Saúde (Foto: Júnior Aguiar/Sesacre)
Prioridades da Assistência Farmacêutica do Acre serão levadas à 15ª Conferência Nacional de Saúde (Foto: Júnior Aguiar/Sesacre)

O Acre é um dos 16 estados escolhidos para discutir e apresentar as pautas prioritárias da Assistência Farmacêutica do Sistema Único de Saúde (SUS) na 15ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada em novembro, em Brasília. As pautas serão definidas em Encontros Estaduais de Farmacêuticos. No Acre, o evento ocorre neste sábado, até as 17 horas, no auditório da Faculdade Meta, em Rio Branco.

Para o secretário de Estado de Saúde, Armando Melo, uma das pautas do Acre é a conscientização dos profissionais de saúde e da própria sociedade sobre o papel do farmacêutico. “Há muitas atividades que o profissional pode fazer, garantido por lei, mas algumas categorias profissionais não as reconhecem”, relatou.

Secretário Armando Melo destaca a importância da eficiência do orçamento público na Assistência Farmacêutica (Foto: Júnior Aguiar/Sesacre)
Secretário Armando Melo destaca a importância da eficiência do orçamento público na Assistência Farmacêutica (Foto: Júnior Aguiar/Sesacre)

Melo destacou um projeto piloto, realizado em Curitiba (PR) e apadrinhado pelo Ministério da Saúde (MS), que potencializa as atividades farmacêuticas. “Eles realizam a clínica farmacêutica. O farmacêutico pode prescrever determinados medicamentos, pode trocar um medicamento que um médico tenha receitado, por exemplo, por outro que esteja mais acessível e que garanta o mesmo efeito medicamentoso. Isso representa economia de dinheiro público e melhor utilização da rede de farmácias do SUS”.

A ideia do projeto piloto destacado pelo secretário Armando Melo encontra suporte na preocupação do Ministério Público Estadual (MPE). “A indústria farmacêutica tem um grande potencial de influência nos profissionais prescritores, como os médicos, por exemplo”, explicou o promotor do MPE, Gláucio Oshiro.

Para Oshiro, medicamentos de mais alta tecnologia não significam serem os mais efetivos para o tratamento, mas representam maiores gastos públicos, por serem mais modernos. “Então, se prescrever um medicamento muito mais caro, obviamente vai reduzir o número de pessoas a quem ele pode chegar. Por isso, é necessário o estabelecimento de protocolos de diretrizes clínicas para que esses itens estejam disponíveis ao máximo número de pessoas”, destacou.

Essas e outras pautas sobre a Assistência Farmacêutica do SUS estão sendo consolidadas por várias instituições que realizam o encontro na capital acreana. Entre elas está o Sindicato do Farmacêuticos do Acre (Sindifac). “Depois de 15 oficinas realizadas entre a sociedade e profissionais da área sobre o assunto, agora nós vamos concluir um documento para apresentar na 15ª Conferência Nacional de Saúde. Esperamos contribuir com a construção das novas diretrizes da saúde pública brasileira”, destacou o presidente do Sindifac, Jusciner de Araújo.

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