Intitulado Julho Amarelo, o mês é escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para alertar a população sobre as hepatites virais. De acordo com o Ministério da Saúde, três milhões de brasileiros estão infectados pelo vírus mas não sabem.
Apesar de ser uma doença silenciosa, existe tratamento, mas se não for cuidada da maneira correta, pode levar à morte. A transmissão se dá desde alimentos não higienizados até relações sexuais sem o uso de preservativo, uso de produtos de higiene pessoal e compartilhamento de seringa ou agulha.
Os principais tipos de hepatites virais identificadas são A, B, C e Delta. Por atacar o fígado, a hepatite pode levar ao comprometimento do órgão, sendo em muitos casos necessária a realização de transplante.
Segundo números da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), nos últimos dez anos o Acre registrou 11.142 casos de hepatites – 53% são de hepatite B, 21% de hepatite A, 19% de hepatite C e 7% de hepatite tipo Delta.
No Acre, o número de casos de hepatites A, B, e Delta tem apresentado diminuição desde 2013.
O diagnóstico precoce é fundamental para a saúde de quem possui a doença. De acordo com Nelson Guedes, gerente da Divisão de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Sesacre, mais de 50 mil testes foram distribuídos em todo o estado para intensificar as ações de combate à doença e conscientizar a população sobre a importância de realizar os testes rápidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) durante todo este mês de julho.
Por isso, durante todo o mês, ações de combate às hepatites virais acontecem em todo o estado com a intensificação de realização de testes rápidos em pontos estratégicos das cidades, rodas de conversas, panfletagem, palestras nas escolas e também atendimentos nas comunidades rurais.
Guedes ressalta ainda que não têm faltado testes rápidos nas UBS e que a população pode procurar a unidade de saúde mais próxima para realizar os exames e, caso necessário, iniciar o tratamento. “Temos repassado aos municípios os insumos necessários para que consigamos ter mais agilidade na identificação da doença e começarmos o tratamento desse paciente. Dessa forma, pretendemos continuar diminuindo os índices de hepatites no Acre.”