No Govcast desta semana o delegado de Polícia Civil, Nilton Boscaro, falou sobre como a interatividade virtual, praticidade em tempo real e a comodidade do distanciamento físico podem, a cada dia, propiciar o surgimento de novos crimes cibernéticos contra os usuários. Ele fez alertas importantes sobre como se proteger e destacou se tratar de práticas criminosas sem fronteira, inclusive com registros recentes de uma média de 30 casos de golpes no Acre.
Nesse sentido, Boscaro destaca a utilização do celular como instrumento facilitador para o surgimento de mais condutas criminosas, com grande incidência recente, por exemplo, do crime de sequestro do WhatsApp, em que o criminoso se apropria indevidamente do contato da vítima e passa a contatar pessoas da sua rede pedindo dinheiro emprestado.
“A orientação é não fazer depósitos sem antes fazer uma chamada para o parente ou amigo, e tentar pegar o máximo de dados possíveis com o golpista”, alertou.
O delegado também avisou sobre os cuidados que os usuários de redes sociais devem ter, por exemplo, com anúncios duplicados do Instagram, com o golpe do falso depósito ou pix, em que o estelionatário faz contato dizendo ser parente, envia um comprovante de depósito dizendo ter feito sem querer e a vítima transfere sem conferir que o depósito na verdade não foi feito.
“As chamadas de vídeo para o interlocutor falsário, ou para o familiar que ele tá alegando ser, é uma arma poderosa para se proteger”, orienta o delegado.
Nos casos de falsos sequestros, outro crime cibernético bastante comum, segundo Boscaro, o principal meio de se proteger é ligar de imediato para a suposta vítima sequestrada e anotar o máximo de dados sobre o interlocutor, dados bancários de onde deva ser o depósito, principalmente.
O delegado observa que esses crimes foram surgindo ao passo que a rede foi ofertando mais plataformas de interação e que a formação para se proteger contra os golpes foi ocorrendo conforme as demandas, as necessidades, e que pessoas idosas são as vítimas mais procuradas.
“Usuários de redes sociais devem evitar evidenciar parentes, pois os criminosos fazem o rastreamento das vítimas pelas redes”, observou.
Nilton Boscaro enfatiza que a polícia investigativa utiliza ferramentas virtuais rastreadoras, sobretudo disponibilizadas por empresas provedoras de internet para resolver os casos o mais depressa possível. Contudo, alerta que as vítimas devem denunciar os casos, registrando um Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima.