A Câmara dos Vereadores de Rio Branco concedeu na noite de terça-feira, 28, no Teatro Plácido de Castro, o título de Cidadã Rio-Branquense a 47 pessoas de diversos segmentos, que contribuem para a formação política, histórica, social e cultural da capital acreana. Foi concedido também o título de Cidadão Verde a oito pessoas que trabalham em prol de causas ambientais.
A vice-governadora Nazareth Araújo foi uma das homenageadas da noite. A indicação foi feita pela vereadora Rose Costa, que comenta os motivos de sua escolha: “Este é um momento de reconhecimento, por meio dessa titulação, do que nós buscamos como cidadãos, pessoas que são exemplos. Nazareth carrega um amor imensurável pelo Acre. Este é mais do que um momento de agradecimento pelo seu trabalho, é o reconhecimento da nossa cidade, por fazer parte da história do Acre”, ressalta a vereadora.
“Meu coração está cheio de amor e gratidão. Sinto-me acolhida, aqui é minha casa, o lugar que eu amo. A cidade de Rio Branco é a sede do governo, é onde a gente irradia tudo de bom para todos os municípios do Acre. Aqui foi onde escolhi viver para estar próxima de políticas públicas e entregar com muito amor e carinho qualidade de vida para as pessoas”, frisou Nazareth.
Artêmio Costa, presidente da Câmara de Vereadores, comenta que os títulos são concedidos anualmente. “São duas honrarias concedidas a pessoas que não são de Rio Branco e que aqui vieram morar e dar sua contribuição. A outra é oferecida a pessoas que dedicam sua vida profissional em defesa da nossa Amazônia, da conservação da floresta, que é um dos pilares da nossa região”, conta.
Perfil
Maria de Nazareth Mello de Araújo nasceu no Rio de Janeiro, filha do primeiro governador eleito pelo voto popular do Estado do Acre José Augusto de Araújo e da contabilista Maria Lúcia Mello de Araújo. Seu pai foi afastado pelo Golpe Militar de 1964, sendo cassado pelo Ato Institucional n. 2, em 1966.
Nesse mesmo ano, já grávida de Nazareth, Maria Lúcia Araújo se candidata a deputada federal pelo Estado do Acre e é eleita a mais votada, como uma forma de demonstração do povo acreano de sua insatisfação diante da violência do regime militar.
Quando Nazareth tinha pouco mais de dois anos, sua mãe também foi cassada. Em 1982, ela acompanha Maria Lúcia na sua resolução de voltar ao Acre para retomar o sonho do pai José Augusto de Araújo.