Na Assembleia Legislativa, Estado discute políticas públicas para pessoas em situação de rua

Na manhã desta sexta-feira, 26, o governo do Acre esteve na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) para prestigiar uma audiência pública tratando sobre pessoas em situação de rua. A deputada estadual Michelle Melo promoveu o diálogo, levando pela primeira vez, para a casa do povo, pessoas em situação de rua para dialogar com as instituições que trabalham com a política pública. 

“Vamos abrir as portas para uma comunidade que não é ouvida, mas faz parte do tecido social. Devemos encontrar caminhos para desenvolver uma conversa e construir soluções”, convoca a deputada estadual. Foto: Carlos Alexandre/Seasd.

 Na cerimônia iniciada com o prestígio do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Reynaldo Soares da Fonseca, o governo do Acre foi representado por Lauro Santos, titular da Seasd, o qual destacou: “Essa é uma política pública transversal que perpassa por diversas áreas da nossa sociedade e o Estado está ciente da responsabilidade e compromisso com toda a população”. 

Santos, na companhia do gestor estadual da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), José Américo Gaia, ouviu as dificuldades e reinvindicações. Foto: Carlos Alexandre/Seasd.

O gestor estadual prossegue: “Estamos na busca de colocar o que está no papel em prática, com o apoio de todos os que podem contribuir para a mitigação das mazelas sociais, além de nos articularmos em esfera nacional na busca de recursos e soluções que atendam a população em situação de rua, considerando a sua diversidade e as suas particularidades”.

Também participaram os servidores da Seasd, Álvaro Mendes, chefe do Núcleo da População em Situação de Rua e Socorro Nobre, secretária executiva do Comitê da População em Situação de Rua. Foto: Carlos Alexandre/Seasd.

Hudson Nunes, representando o Movimento Acreano de Pessoas em Situação de Rua (Maisir), agradeceu pela visibilidade da luta e declarou: “Somos privados de todos os direitos garantidos em legislação para todos. Não precisamos de trocados ou refeições, precisamos de políticas permanentes que garantam a nossa inclusão na sociedade. Queremos direitos e dignidade”.

“Estar na casa do povo no dia de hoje é muito importante para mim, uma mulher trans, falando em prol dessa parcela fragilizada da sociedade”, exaltou Rubby Rodrigues. Foto: Carlos Alexandre/Seasd.

Rubby Rodrigues, representando a Rede Trans Nacional, convidou as autoridades para a reflexão: “As pessoas que encontram moradia nas ruas as ocupam por serem excluídas da sociedade. São pessoas que sofrem com a falta de oportunidade e que clamam mas não encontram o seu espaço. A saúde pública, a assistência social e o acolhimento humano precisam ser fortalecidos para alcançar os invisibilizados”.

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