Mulheres policiais contam suas histórias em 30 anos de PM

Em quinze anos de carreira, Kerlla Martins já atuou no Bope e na Força Nacional (Foto: Cedida)
Em 15 anos de carreira, Kerlla Martins já atuou no Bope e na Força Nacional (Foto: Arquivo pessoal)

Outubro é o mês da mulher na Polícia Militar do Acre (PMAC). São 30 anos de histórias e conquistas dentro da corporação. Mulheres que outrora não podiam ingressar na carreira hoje estão presentes em todas as áreas de atuação da PMAC.

A exemplo da sargento Kerlla Martins, que durante oito anos atuou no Companhia de Operações Especiais (COE) e já atendeu ocorrências das mais simples às mais complexas. Emocionada, ela relata momentos de sua contribuição para salvar vidas de pessoas que antes nem conhecia.

“Lembro muito de um assalto com reféns, em que os elementos agrediram bastante uma família. Quando alguém conseguiu acionar a policia, saímos do quartel e chegamos muito rápido, prendendo os assaltantes ainda dentro da casa e salvando a família, que estava muito abalada. Isso foi algo que me deu noção do grau de importância do nosso trabalho”, conta.

Maria Castro trabalhou três anos nas ruas e hoje está na Policlínica da PMAC (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria Castro trabalhou três anos nas ruas e hoje está na Policlínica da PMAC (Foto: Arquivo Pessoal)

A vida da mulher dentro da polícia

Atualmente as policiais desempenham papéis fundamentais dentro das corporações militares estaduais. No Acre, não poderia ser diferente, existem vários cargos e patentes ocupadas hoje por mulheres, desde funções administrativas como operacionais.

“Não largo a PM para exercer outras profissões. Já trabalhei no 3º BPM, na rua, na Equipe Tática e no Giro. Já houve ocorrências que consegui resolver tudo e quando cheguei em casa eu chorei. Já vi meninos chorando no meus pés e me pedindo para liberar o pai, que havia cometido algum crime”, disse Maria Castro, que atualmente trabalha na Policlínica da PMAC.

Ao longo dos últimos 30 anos, a Polícia Militar mudou muito, tanto no corpo técnico de profissionais, quanto na estrutura. A exemplo da policial feminina que está à frente da academia de atividades físicas do Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança Pública (Cieps), a soldado Christiane Macedo, mais conhecida como “Potyra”.

“Eu sou muito grata às primeiras policiais e à PMAC, que evoluiu. Hoje, a gente tem um espaço assim conquistado graças a Deus e a elas. Já sofri preconceito por ser mulher, por ser pequena, mas eu levo na esportiva”, contou Potyra.

Christiane “Potyra” auxilia policiais a obter sucesso em testes físicos (Foto: Fernando Barreto/Assessoria PMAC)
Christiane “Potyra” auxilia policiais a obter sucesso em testes físicos (Foto: Fernando Barreto/Assessoria PMAC)

PMAC bem representada no esporte

As mulheres também se destacam nas competições de “explosão”, tidas como competições rápidas, e nas competições de resistência, que demandam um maior preparo físico, como a prova que a soldado Christiane “Potyra” irá disputar em novembro. A policial almeja concluir a competição em menos de 8 horas, em Santa Catarina.

Kerlla Martins também é competidora de crossfit, um esporte muito dinâmico que tem várias combinações de atividades. “Em Goiânia, fiquei em 6º lugar na equipe de elite desse esporte, sendo que foi uma competição de nível internacional. Também estive em competições representando a PMAC, inclusive em Porto Velho, onde nossa equipe ficou em 2º lugar”, concluiu.

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