O Movimento de Mulheres do Campo e da Floresta (MMC) recebeu nesta quarta-feira, 21, do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Política para as Mulheres (SEPMulheres), duas unidades móveis para atendimento às mulheres em situação de violência do campo e da floresta. O ato foi em frente ao Palácio Rio Branco e contou com a presença do governador em exercício, desembargador Roberto Barros, da primeira-dama Marlúcia Cândida e de parlamentares.
A secretária Concita Maia, responsável pela SEPMulheres, explica que as integrantes do MMC reivindicaram à presidente Dilma Rousseff esses veículos. “Em parceria com o governador Tião Viana, a Presidência entrega essas unidades móveis como instrumento de atendimento às mulheres em situação de violência, mas também como instrumento de ações preventivas.”
Para a coordenadora do MMC, Geovana Castelo Branco, a ação mostra que o governo federal e o governo do Estado estão unidos às causas das mulheres. Ela agradeceu o empenho da presidente Dilma e do governo do Acre, por meio da SEPMulheres.
“Isso vai ajudar muito, porque a violência no campo acontece de maneira diferente da zona urbana, onde, se a mulher pedir socorro, pode ser ouvida. Já no campo tudo é distante – até que as vítimas tomem providências ou a gente chegue até elas, pode ter passado tempo demais”, destacou.
A cidadania mais próxima
O governador em exercício, desembargador Roberto Barros, observou que a ação é importante para reafirmar o direito das mulheres em todos os lugares do Estado. “Com os ônibus nós poderemos ir até os locais mais isolados do interior, para que as mulheres possam denunciar seus problemas e conhecer seus direitos.”
As unidades serão enviadas a Bujari, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. Cada ônibus está adaptado e equipado com duas salas para atendimento individual, facilitando o acesso das mulheres rurais aos serviços da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, com orientação adequada e humanizada.
Marlúcia Cândida, primeira-dama do estado, frisa que as unidades móveis levam mais autonomia para as mulheres do campo e da floresta. “Elas poderão reivindicar seus direitos. É o governo mais próximo ainda da situação que cada uma passa no seu dia a dia. É ter cidadania na zona rural”, concluiu.