Mulheres apostam na comercialização do pirarurcu para fortalecer renda

Esposas e filhas dos pescadores receberam capacitação para trabalhar no Festival do Açaí (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Mulheres e filhas dos pescadores receberam capacitação para trabalhar no Festival do Açaí (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Além de ser uma das festas mais esperadas pela população, o Festival do Açaí, realizado em Feijó anualmente, é também uma grande oportunidade de renda para os moradores.

A dona de casa Tânia das Chagas vive essa experiência pela primeira vez, na 16ª edição do festival. Ela e mais 24 esposas e filhas de pescadores da região foram capacitadas pela Secretaria de Estado de Produção Familiar e Extensão Agroflorestal (Seaprof), para preparar diversos pratos com pirarucu, uma espécie de peixe muito comercializada na região.

“Eu sou uma dona de casa que nunca conseguiu trabalhar fora. Depois desse curso e com o que eu aprendi a fazer, enxergo uma possibilidade de ter meu próprio negócio e reforçar a renda da minha família”, afirma Tânia.

Na barraca montada para as noites de festival, as novas cozinheiras servem pirarucu à casaca, moqueca de pirarucu e escondidinho de pirarucu. Tudo a preços atrativos.

Parceria que dá certo

A capacitação foi realizada numa parceria do governo do Estado com a Wide World Fund for Nature. O projeto tem formado professores da zona rural em educação ambiental, mas, além disso, presta assistência a milhares de famílias, incentivando o manejo do pirarucu em lagos naturais.

Cozinheiras servem pirarucu à casaca, moqueca de pirarucu e escondidinho de pirarucu
Cozinheiras servem pirarucu à casaca, moqueca de pirarucu e escondidinho de pirarucu (Foto: Diego Gurgel/Secom)

“Com o nosso trabalho, conseguimos garantir o envolvimento e organização da colônia de pescadores e da comunidade no monitoramento, contagem, acordos de pesca, despesca e comercialização do pirarucu”, disse o coordenador de educação ambiental do projeto Protegendo Florestas, Flávio Quental.

O técnico da Seaprof em Feijó conta que o principal objetivo da capacitação é fortalecer a cadeia produtiva do pirarucu.

“O ideal para esses produtores é que eles enxerguem no manejo do pirarucu sua fonte de renda de diversas maneiras, seja vendendo-o fresco ou comercializando produtos oriundos do peixe, agregando valor ao pirarucu e melhorando a vida dessa comunidade”, ressaltou.

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