Mulheres abrigadas no Parque de Exposições participam de dia da beleza

As mulheres abrigadas participaram de desfile moda e sorteio de prêmios (Foto: Diego Gurgel/Secom)
As mulheres abrigadas participaram de desfile moda e sorteio de prêmios (Foto: Diego Gurgel/Secom)

A enchente histórica do Rio Acre na capital acreana desabrigou milhares de famílias. O abrigo público do Parque de Exposições Marechal Castelo Branco acomoda 4.699 pessoas. Dessas, 1.836 são mulheres. Na segunda-feira, 9, o Projeto Judiciário Solidário, com o apoio do governo do Estado, promoveu um dia da beleza em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

Cortes de cabelo, hidratação, escova e maquiagem foram alguns dos serviços disponibilizados pela ação, que se estendeu por todo o dia. No período da tarde, as mulheres contempladas com os serviços de embelezamento participaram de um desfile de moda e concorreram ao sorteio de prêmios. Os brindes foram doados pela administração do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC).

Há 15 dias no abrigo, a moradora do bairro Taquari Jennyffer Bíton, 30 anos, elogia a iniciativa: “É muito difícil ter que sair da casa da gente e conviver com pessoas que nunca vimos na vida. Esse tipo de atividade aumenta a nossa autoestima e nos proporciona um pouco de lazer”.

A desembargadora presidente do TJ/AC, Cezanirete Angelim observa: “A ação busca oferecer um pouco de alegria às mulheres que, em sua maioria, perderam todos os seus bens e se encontram em uma situação difícil”.

Inclusão social

APS_6569
“Quando recebi os equipamentos, montei meu próprio salão”, diz Jeane Araújo (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Os serviços de embelezamento foram realizados pelos reeducandos atendidos pela Vara de Execuções de Penais e Medidas Alternativas (Vepma) e pela Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN). A parceria promove a inclusão social de homens e mulheres, por meio da inserção no mercado de trabalho.

Após concluir o curso de cabeleireira e ser beneficiada com um kit de salão, ofertado pela SEPN, Jeane Araújo montou o próprio empreendimento. “Foi quando eu paguei uma pena alternativa na Vepma que conheci meu lado profissional. Há dois anos fiz o curso de cabeleireira e me aperfeiçoei. Quando recebi os equipamentos, montei meu próprio salão”, conta.