Na tarde desta segunda-feira, 27, a secretária de Saúde, Suely Melo, a equipe de vigilância epidemiológica e a Força Nacional de Saúde reuniram-se em videoconferência com a equipe do Ministério da Saúde de Brasília para apresentar a situação em que os municípios acreanos se encontram com as cheias dos rios no Acre.
Durante a videoconferência os técnicos explicaram a situação que os desabrigados estão enfrentando e a preocupação com o retorno às casas, uma vez que o nível das águas já começou a baixar em alguns municípios e os riscos de contrair doenças são grandes.
Segundo a gerente do Departamento de Assessoria Técnica, Marize Lucena, as doenças estão controladas. “O que encontramos hoje nos abrigos são doenças diarreicas, mas isso se deve à má conservação dos alimentos, ou seja, as pessoas quando recebem suas refeições guardam o que sobra em locais não apropriados para comer depois, apesar das orientações”, disse Marize. “Essa prática afeta principalmente as crianças.”
O Ministério da Saúde disponibilizou ao governo do Acre todo o apoio para as vítimas da enchente, além da Força Nacional de Saúde que está no Estado há pouco mais de uma semana com profissionais de saúde de Santa Catarina para dar apoio às equipes de resgate. Foram doados cerca de 10 kits desastre contendo antibióticos, analgésicos, luvas e material para curativo. Um kit atende até 500 pessoas. Há previsão para a chegada de mais 15 kits, além de distribuição de 600 mil frascos de hipoclorito de sódio (substância que serve para purificar a água antes do consumo).
De acordo Suely Melo, todas as providências estão sendo tomadas para que essas pessoas tenham mais segurança no retorno às suas residências. Além dos atendimentos médicos que o governo e prefeitura estão realizando nos abrigos, a Sesacre irá ofertar material informativo que orienta a população sobre como realizar a limpeza em suas casas, caixas d’águas, cisternas, manuseio de alimentos que foram contaminados pela enchente e evitar o contato com a lama que possa estar contaminada.
