Ministério da Saúde confirma primeiro caso de zika vírus no Acre

(Foto: Junior Aguiar/Sesacre)
Informações foram repassadas à imprensa (Foto: Junior Aguiar/Sesacre)

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) recebeu nesta quinta-feira, 25, do Ministério da Saúde (MS), a confirmação do primeiro caso de Zika Vírus (ZikaV) no Estado.

O secretário de Estado de Saúde, Gemil de Abreu Júnior, acompanhado pela equipe da Sesacre e pelo secretário de Saúde de Rio Branco, Oteniel Almeida, apresentou à imprensa os dados sobre o caso.

De acordo com Gemil de Abreu Júnior, a paciente é uma mulher que está grávida, moradora de Rio Branco, bairro Abraão Alab.

Tão logo foi notificada a suspeita, a equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa) tomou as providências estabelecidas pelo Ministério da Saúde, tais como bloqueio químico numa área de 500 metros das proximidades da casa do paciente, investigação epidemiológica e monitoramento de pessoas do convívio da paciente.

A investigação do caso se iniciou em novembro, quando a paciente, que estava com os sintomas pertinentes à doença, procurou, por iniciativa própria, um laboratório particular para fazer o exame que identifica o zika vírus.

O resultado indicando sorologia positiva foi entregue em fevereiro. Após a confirmação do laboratório particular, o exame foi encaminhado ao Ministério da Saúde, que certificou os métodos utilizados, e assim confirmou o primeiro caso de ZikaV no Acre.

O governo do Acre, por meio da Sesacre e a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Semsa, com o apoio do Exército, tem mantido ações rotineiras de combate ao vetor e aos criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Há 1.500 agentes atuando nas ruas. Segundo a Prefeitura de Rio Branco, mais de 92 mil imóveis já foram vistoriados na capital.

Saiba mais sobre o zika vírus – De acordo com o Ministério da Saúde, o Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015.

O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda, África.

O MS informa em seu site: “Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos”.

Segundo o ministério, no geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após três a sete dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

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