Em documento endereçado ao governador Gladson Cameli e assinado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina Correa, o governo federal enalteceu as ações de fortalecimento e aprimoramento do sistema de defesa sanitária animal do país adotadas pelo Estado do Acre, com a criação da função de auditor fiscal estadual sanitário, criada por meio da lei nº 3.717, de janeiro de 2020.
A ministra afirmou, no texto da correspondência, que a iniciativa do Acre sustenta a evolução sanitária para zona livre da febre aftosa sem vacinação, que vai “agregar benefícios esperados há tanto tempo pelos produtores locais e para o país como um todo”.
Tereza Cristina ainda destacou que o Acre está na direção certa para disponibilizar um setor agropecuário forte e competitivo. O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal, IDAF, José Francisco Thum, o Chico Thum, explicou que a função será ocupada por agronômos e veterinários que já integram os quadros do órgão. Esses profissionais serão elevados á função de auditores, ficando credenciados para o serviço de inspeção estadual, ligado Sistema Brasileiro de Inspeção(SISBI), que tem como objetivo fazer a padronização e a harmonização dos procedimentos de inspeção dos produtos de origem animal e vegetal.
“A gente acredita que essa entrada dos auditores vai alavancar as pequenas e médias agroindústrias com a geração de mais de três mil empregos diretos”, comemora Thum. A chegada desses profissionais no setor vai abrir o mercado para o Acre vender os produtos do setor para qualquer estado brasileiro, o que não acontecia a mais de uma década.
O secretário de Agricultura e Pecuária, Edvan Azevedo disse que o trabalho desenvolvido pelo governo, coordenado pelo governador Gladson Cameli, vem de encontro ao plano estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, colocando o Acre no cenário nacional como um estado competitivo.
Livre da febre aftosa sem a necessidade das campanhas anuais de vacinação, o Acre pode colocar seus produtos animais vivos, em qualquer mercado nacional, o que não acontece com vários estados da federação, lembra Azevedo. “Vamos avançar. Agora com a instituição da função do auditor fiscal, temos a possibilidade concreta de instalar o serviço de inspeção estadual com o mesmo status de inspeção federal, ou seja, os produtos de origem animal produzidos no Acre terão possibilidade sanitária de conquistar todo o mercado do território nacional”, destaca o secretário.