Memória da Cana, em cartaz no Festival Usina de Teatro e Música

Promovido pela Usina de Arte, projeto já trouxe 18 apresentações para o Acre, fortalecendo ações de cultura, arte e diversão

memoria_da_cana_003.jpg
memoria_da_cana_002.jpg

O Festival Usina de Arte de Teatro e Música, FestUsina, volta neste fim de semana com novas apresentações. Desta vez, o grupo convidado é Os Fofos Encenam, de São Paulo. Nos dias 17, 18 e 19 de setembro, sempre a partir das 20 horas, eles trazem para o palco do teatro da Usina de Arte o espetáculo "Memória da Cana". A peça se baseia nas obras "Álbum de Família", de Nelson Rodrigues, "Casa Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, e narrativas similares.

O roteiro é composto de uma adaptação da obra de Nelson (de origem pernambucana) e algumas ações cênicas inspiradas pelas leituras da obra de Gilberto Freyre (também pernambucano) sobre a família patriarcal e a civilização do açúcar – obra germinal para a interpretação do Brasil.

Dois projetos financiam a realização do Festival Usina de Arte de Teatro e Música: o primeiro com recursos da Fundação Nacional de Arte (FUNARTE), e o segundo com recursos da Lei Rouanet-Mecenato, do Ministério da Cultura. Desde julho deste ano, grupos artísticos expressivos de várias partes do Brasil e um da América Latina estiveram em Rio Branco apresentando espetáculos e ministrando oficinas na Usina.

Foram 18 apresentações para mais de 3.000 pessoas, entre alunos e público espontâneo, que lotaram a casa em todas as sessões. E a cada espetáculo a Usina busca ampliar esses números, agendando escolas públicas, convidando instituições, grupos e comunidades rurais, divulgando sua programação pela cidade, fortalecendo a ideia de formação de plateias por meio da apreciação e aprofundamento de vivências.

Até novembro haverá novas atrações nas áreas de teatro e música. E a cidade ganha ainda um presente: seus maiores espaços culturais, Usina de Arte e Teatro Plácido de Castro, recebem dois belos pianos de cauda, que serão inaugurados em recitais. Assim, Rio Branco se credencia a para receber concertos e shows, o que antes não era possível.

Espetáculos premiados, como os do grupo Os Fofos Encenam, o delicado teatro de formas animadas do Grupo Sobrevento, a força africana de Fanta Konatê e Troupe Djembedon, a criatividade do Trio Victor Somma e recitais dos respeitados pianistas Maria Tereza Vargas, Delia Fischer e João Bittencourt, ampliam as opções para a população interessada em cultura, arte e diversão.

Sinopse de Memória da Cana:

O espetáculo conta a história de Jonas, o patriarca, apaixonado pela filha Glória. Para satisfazer esse desejo, ele traz adolescentes para casa, contando, para isso, com a ajuda da cunhada Rute. A mãe, D. Senhorinha, assiste a tudo e se mantém impassível porque guarda um grande segredo. Os conflitos eclodem quando os filhos retornam para o lar: principalmente, Glória, expulsa do colégio interno; seguida por Guilherme, que abandona o seminário e vem à procura de Glória; e Edmundo, expulso de casa pelo pai, abandona a mulher com quem se casou, recentemente, por uma paixão velada pela mãe.

Quando: 17, 18 e 19 de Setembro | 20 horas | Usina de Arte
Ingressos antecipados na bilheteria – somente uma hora antes dos espetáculos
Ingressos: R$ 5,00 – Inteira |R$ 2,50 – Meia

Os Fofos Encenam

O grupo formou-se em 1992, no curso de Artes Cênicas da Unicamp, com atividades de pesquisa direcionadas ao riso e às raízes do cômico. Em 2000, Os Fofos se reencontraram para a montagem de Deus Sabia de Tudo…, de Newton Moreno, espetáculo que marcou a transformação do grupo em companhia profissional de teatro de repertório.

Em 2003 realizaram a montagem da comédia A Mulher do Trem, espetáculo vencedor do Prêmio Shell de Melhor Figurino. Já em 2005 encenaram Assombrações do Recife Velho, baseado no livro homônimo de Gilberto Freyre. Esse espetáculo, contemplado com o Programa Municipal de Fomento ao Teatro e encenado no interior de um casarão antigo da Bela Vista, foi indicado ao Prêmio Shell nas categorias: Melhor Diretor, Melhor Direção Musical e Melhor Iluminação.

Em 2006, dando continuidade à pesquisa do universo do Circo-Teatro, encenaram o primeiro drama de sua carreira, Ferro em Brasa, que foi contemplado com o Prêmio Myriam Muniz – Funarte – Petrobras. Recebeu indicação ao Prêmio Shell na Categoria Especial pela pesquisa em Circo-Teatro e Melhor Atriz, com Cris Rocha.

Conquistaram, em 2007, o Programa Municipal de Fomento ao Teatro, com projeto que possibilitou a criação do Espaço dos Fofos no bairro da Bela Vista.

Em 2009, contemplados com o Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Prêmio Myriam Muniz – Funarte – Petrobras e Programa Municipal de Fomento ao Teatro, estrearam Memória da Cana, que conquistou o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo em 2009.

{xtypo_rounded2}Ficha técnica de Memória da Cana

Direção e adaptação Newton Moreno | Elenco de atores-criadores Carlos Ataíde, Kátia Daher, Luciana Lyra, Paulo de Pontes, Marcelo Andrade, Viviane Madureira | Voz Off  Erica Montanheiro, Viviane Madureira, Fernando Neves  Assistência de direçãoDireção de produção Emerson Mostacco | Assistente de produção Rafaela Penteado,  Figurino e maquiagem Leopoldo Pacheco  | Assistência de figurino Cris Rocha/ Iluminação e operação de luz Eduardo Reyes | Direção musical e operação de som Fernando Esteves | Preparação corporal Viviane Madureira | Cenário Marcelo Andrade e Newton Moreno Cenotécnico/aderecista Zé Valdir Design dos bonecos santos Raimundo Bento Confecção  Raimundo Bento e Terno Teatro Criação e confecção bonecos Glória e Edmundo, Zé Valdir Contra-regra Raphael Pontes. José Roberto Jardim. {/xtypo_rounded2}

Próximo espetáculo: Assombrações do Recife Velho

2938669755_00e28e3f2e.jpgE já na próxima semana, o público poderá prestigiar outro espetáculo no FestUsina, com o mesmo grupo Os Fofos Encenam: "Assombrações do Recife Velho". Nesta peça, investiga-se a casa como centro do mundo, tendo como base os estudos de Gilberto Freyre, autor de uma das obras fundamentais da sociologia brasileira, Casa Grande & Senzala. Casa-grande que desemboca em ricos sobrados da capital. A casa que tem alma, de vivos e mortos. A casa, construção histórica, museu a céu aberto, monumento que tem de ser preservado. A casa como consciente e inconsciente de nossa memória. Casa que guarda traços de nossa jornada como nação, algumas cicatrizes que Freyre revela como a vergonha da cor branca e o grande trauma da formação do país, a escravidão. Neste trânsito de senhores de engenho e matriarcas sinhás, arma-se um esqueleto de significações no núcleo familiar.

Quando: 22, 23, 24 | 20h | Usina de Arte
Ingressos antecipados na bilheteria – somente uma hora antes dos espetáculos.
Ingressos: R$ 5,00 – Inteira |R$ 2,50 – Meia

{xtypo_rounded2}Ficha técnica de Assombrações do Recife Velho

Autor Gilberto Freyre Adaptação Newton Moreno Elenco Carlos Ataíde, Erica Montanheiro, Luciana Lyra, Carol Badra (atriz, figurinista), Kátia Daher, José Roberto Jardim (ator, montagem de cenário) Maria Stella Tobar, Cris Rocha, Viviane Madureira (atriz, contra-regra, coreógrafa), Paulo de Pontes, Eduardo Reyes (ator, iluminador assistente, montagem de cenário) Marcelo Andrade (ator, cenógrafo, montagem de cenário) | Diretor Musical e Músico Fernando Esteves | Assistente de produção Rafaela Penteado | Contra-regra, montagem de cenário Zé Valdir – Direção de produção Emerson Mostacco.{/xtypo_rounded2}

Agendamento para escolas pelo e-mail: usinadearteac@gmail.com

Usina de Arte
Avenida das Acácias, nº. 1 – Distrito Industrial
Telefone: 3229.6892

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter