Mateiro sonha em transformar negócio em indústria de adubo orgânico

O triturador orgânico que o mateiro possui foi pago com a venda do adubo (Foto: Maria Meirelles/Secom)
Triturador orgânico que o mateiro possui foi pago com a venda do adubo (Foto: Maria Meirelles/Secom)

Foi durante uma reunião entre instituições que debatiam estratégias de preservação ambiental da Amazônia que o mateiro Pelegrino Pessoa de Oliveira teve a brilhante ideia de produzir adubo orgânico. Natural de Sena Madureira, atualmente mora com a família em Senador Guiomard, onde montou um espaço para a fabricação do fertilizante natural.

Com uma produção de 500 quilos de adubo por mês. Pelegrino possui uma boa rede de clientes e já recebeu propostas para comercializar em outros estados. Empreendedor nato, ele sonha em ampliar o negócio, gerando renda e emprego para outras famílias da região.

O espírito empreendedor do mateiro chamou a atenção do gestor da SEPN, Henry Nogueira (Foto: Maria Meirelles/Secom)
O espírito empreendedor do mateiro chamou a atenção do gestor da SEPN, Henry Nogueira (Foto: Maria Meirelles/Secom)

“Eu não quero só para mim. Quero transformar isso em um sistema industrial orgânico e empregar mais gente. Pois tudo o que produzirmos aqui tem venda. Se eu produzisse 1.500 quilos de adubo por dia, o triplo do que faço por mês, teria comprador interessado em toda a produção”, salientou o empreendedor.

Para produzir o adubo Pelegrino utiliza folhas secas, capim, verduras e frutas em decomposição e resíduos de madeira que encontra pela cidade. “Eu saio com o carrinho de mão e saio catando tudo. Depois, junto tudo e deixo por noventa dias na compostagem, posteriormente trituro e peneiro se for preciso”, explicou.

O primeiro e único triturador orgânico que o mateiro possui foi pago com a venda do produto. Além do adubo, ele produz muda de plantas, que comercializa para alguns viveiros da região. O negócio gera renda para mais três pessoas.

O espírito empreendedor do mateiro chamou a atenção do secretário de Estado de Pequenos Negócios, Henry Nogueira, que visitou o produtor nesta quarta-feira, 15. “Além de ser uma prática sustentável, a produção de adubos é uma atividade economicamente rentável. Nós vamos estruturar essa cadeia produtiva, por meio de capacitações e entrega de equipamentos”, destacou.