“Tenho vontade de contribuir para o desenvolvimento do Acre”, afirma entrevistada
A revista UMA, publicada pela On Line Editora, traz em sua edição de fevereiro, que já está disponível nas bancas e aos assinantes, várias matérias de comportamento e de saúde e beleza dirigidas ao universo feminino. Em matéria de comportamento, a seção Atitude é dedicada às seis primeiras-damas, escolhidas a dedo e por se destacarem entre as demais por suas ações no âmbito profissional e social e que poderão influenciar positivamente no desempenho do governo.
Das seis primeiras-damas escolhidas pela editoria, uma delas é Marlúcia Cândida, do Acre. A reportagem de Leonardo Valle destaca o trabalho dessas mulheres que, ao lado dos maridos que comandam o Executivo nos Estados, ajudam a construir políticas públicas de inclusão nas mais diversas áreas do governo.
Formada em arquitetura na Belas-Artes de São Paulo, com pós-graduação na Federal do Acre e mestrado na Universidade de Brasília, Marlúcia falou para reportagem desde os sonhos de infância, carreira profissional e sobre como divide hoje a função de coordenadora do curso de arquitetura da Uninorte com o trabalho de ser mãe e primeira-dama do Acre.
“Vendo como funciona a máquina do Estado, creio que não exista mais a figura da primeira-dama como antigamente. O que existe é uma vontade pessoal de contribuir frente a essa oportunidade. E isso eu tenho”, afirma.
Leia abaixo a reportagem na íntegra:
Durante a infância, Marlúcia Cândida de Oliveira Neves tinha sonhos pouco comuns para uma menina de Rio Branco, capital do Acre: queria ser astronauta e piloto de avião. Os objetivos de vida mudaram quando descobriu a arquitetura, profissão pela qual se apaixonou e decidiu abraçar. De lá pra cá, Marlúcia acumula graduação na Belas Artes de São Paulo, pós-graduação na Federal do Acre e mestrado na Universidade de Brasília. Sua formação mais do que exemplar garantiu ainda um convite para coordenar o curso de Arquitetura da Uninorte, papel que divide hoje com as funções de mãe e primeira-dama do Acre. “Enquanto conversamos, tenho seis estudantes aguardando para eu avaliar seus projetos de conclusão de curso”, conta animada. “Ser arquiteta e professora é gratificante. Viver a universidade é como estar o tempo todo em um ambiente de criação”, confessa.
Ao contrário das mulheres de políticos inseridas na vida pública, Marlúcia é reservada e afirma só participar da carreira do marido, o governador Tião Viana (PT), em questões pontuais. Inexperiente no cargo de primeira-dama (Tião até então havia exercido cargo apenas no Legislativo), a arquiteta confessa que não sabe o que esperar dos próximos quatro anos. “Vendo como funciona a máquina do Estado, creio que não exista mais a figura da primeira-dama como antigamente. O que existe é uma vontade pessoal de contribuir frente a esta oportunidade. E isso eu tenho”, analisa a acadêmica, que tem seus planos o desenvolvimento de programas voltados para creches e de incentivo à cultura. “Penso também que minha formação pode ajudar em alguns aspectos, como o zelo pelos bens públicos e pela vida das pessoas”, acrescenta.
O casamento com Tião Viana completa 23 anos em 2011, porém a primeira-dama conta que já conhecia o marido de vista desde a infância. “Mas ele já era adolescente na época e não lembra muito de mim não”, brinca a arquiteta. O reencontro se deu anos mais tarde, quando Marlúcia levava uma amiga atropelada ao hospital e se deparou com um então estudante de medicina, a quem define como “sonhador”. “Foi apaixonante conhecer melhor uma pessoa que tem desejo de transformações não apenas pessoais, mas do seu entorno do seu Estado. Foi um sonho que quis para mim também”, enfatiza.
A rotina de médico e depois de político fez o casal desenvolver metodologias próprias para preservar a relação. “A medicina nos ensinou uma coisa boa: evitar falar de trabalho à noite, quando os dois já chegam consumidos pelo cansaço. Problemas devem ser discutidos durante o dia, quando ainda dá tempo de resolvê-los”, justifica Marlúcia, que não esconde o fato de incomodar-se com as fofocas que surgiram após a entrada do marido na vida pública. “No mais, sempre digo que o melhor remédio para um problema é a oração e chá caseiro. E é dessa forma que ajudo o Tião no dia a dia, rezando e dando apoio sempre que ele precisa”.