[vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” content_placement=”middle” parallax=”content-moving” parallax_image=”283163″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1498447946178{margin-top: -200px !important;}”][vc_column][vc_custom_heading text=”Com ruas de concreto, Marechal Thaumaturgo recebe um novo significado de dignidade ” font_container=”tag:h1|font_size:50|text_align:left|color:%23ffffff” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1498448353732{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_column_text]”O seringal Minas Gerais está encravado nessa cidade”, afirma Getúlio do Vale, testemunha das histórias do pai sobre a formação da cidade de Marechal Thaumaturgo, no extremo oeste brasileiro.
Esse antigo seringal amazônico, que surgiu como território brasileiro após diversas batalhas com tropas peruanas entre 1904 e 1909, vive agora, quase um século depois, um novo marco histórico. A partir de 2017, a cidade na confluência dos rios Amônia e Juruá começa a receber um novo padrão de saneamento ambiental integrado e pavimentação de suas vias.
O governo do Estado, por meio do Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa), realiza obras de infraestrutura nos quatro municípios de difícil acesso: Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Santa Rosa e Jordão.
São R$ 100 milhões em investimentos por meio do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser), com distribuição de água, coleta e tratamento do esgoto, pavimentação, drenagem, além da destinação correta do lixo.
Para Marechal, por exemplo, são R$ 24 milhões. Lá já estão concluídas as obras do Porto de acesso e do terminal de transbordo. Agora avançam as etapas de pavimentação, esgotamento e fornecimento de água com a construção de uma nova Estação de Tratamento (ETA).
[/vc_column_text][vc_video link=”https://youtu.be/HRdORO2cgY8″ align=”right” el_id=”card”][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”283196″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1498448353732{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_custom_heading text=”Desafio na terra das ladeiras” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left|color:%23000000″ google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:500%20bold%20regular%3A500%3Anormal”][vc_column_text]Com ladeiras de até 72º de inclinação e 20 metros de altura, junto de um solo instável, construir em Marechal se torna um desafio para a engenharia acreana. Há três anos começaram os primeiros testes de como realizar a pavimentação e rede de água e esgoto com essa realidade imposta.
Após verificar que o modelo tradicional, adotado nos outros três municípios, com tijolos sobre um reforço de subleito, base e sub-base normais não seria viável, a equipe de engenheiros do Depasa, com auxílio da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), decidiu optar pela tecnologia de placas de concreto para o pavimento. Para o tratamento de esgoto, optou-se por estações individuais, que serão construídas diretamente nas casas.
[aspas fala=”Esse pavimento tem uma duração de 30 a 40 anos” autor=”Enrique Mateo”]
“O solo de Marechal Thaumaturgo é muito pobre e não é coesivo, então qualquer buraco que façamos para colocar a pavimentação, a terra começa a mexer, pois ainda são áreas íngremes”, explica Enrique Mateo, engenheiro do Depasa responsável pelos estudos da obra. Isso significa que o solo tem pouca resistência mecânica e seus elementos são muito dispersos, tornando-o muito instável.
Após isso, no último dia 17 de junho começou a ser construída a primeira via do Acre com concreto armado, a Rua Raimundo Margarido, no Bairro da Serraria. Ao todo, no município serão pavimentados 8,5 quilômetros de vias, todas com esta tecnologia. Fato que requereu uma grande logística, mostrada aqui na agência Notícias do Acre em março deste ano.
“A técnica que adotamos é mais adequada pois não temos que fazer nenhuma escavação. Apenas compactamos o subleito e em cima colocamos a camada de concreto, que varia de 15 a 20 cm, dependendo da movimentação na rua. Esse pavimento tem uma duração de 30 a 40 anos”, conclui Enrique.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”283181″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1498448353732{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_custom_heading text=”Um bom lugar para se viver” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left|color:%23000000″ google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:500%20bold%20regular%3A500%3Anormal”][vc_column_text][aspas fala=”Vamos ter uma geração que vai poder contar suas histórias porque não vai morrer em sua primeira infância, pois agora terá água e esgoto tratados” autor=”Edvaldo Magalhães”]
A rua recém-pavimentada é palco para inúmeros sorrisos e o sentimento de garantia de um futuro melhor para a infância de quem ali vive. Para Edvaldo Magalhães, diretor-presidente do Depasa, essa mudança faz com o local seja um ótimo lugar para se viver.
“Você imagina morar na cabeceira de um rio, conhecer suas comunidades tradicionais, se deslocar para estas comunidades de barco e ter acesso à água e esgoto tratados, e poder andar em qualquer lugar da sua pequena cidade sobre algum pavimento. Esse é um dos melhores lugares pra se viver no mundo, não é só na Amazônia”, declara Edvaldo.
Esse sentimento passa também por algumas famílias beneficiadas pelos avanços. Os vizinhos Agmar Pinheiro e Gracilene Batista não conseguem conter a alegria de ver a novidade que pode mudar a vida de seus filhos.
Chegando na casa de Gracilene, funcionária pública e diarista nos períodos livres, é possível ver sua empolgação. “Rapaz, só essa água passar na frente de casa é bom demais”, afirma, após convidar para conhecer sua morada que é uma das tantas que também receberá uma nova ligação de água potável.
Com o filho ao lado, e emocionada ao lembrar dos ensinamentos do seu pai, que lutou para alimentar ela e os oito irmãos, Gracilene pode sentar em sua casa, a qual cuida com grande zelo, e ver o futuro de suas crianças se construir diferente de seu passado. “Essa rua é muito boa. Meu filho mais velho, só o que ele fala é nessa rua, quer porque quer que eu compre uma bicicleta para ele ficar brincando”, afirma.
As lembranças dos tempos ruins ainda são recentes. Desde 2011 morando no local, Gracilene relata as dificuldades vividas por todos na rua. “Antes, tinha que subir o morro de dois em dois dias para ligar o cano e pegar água de uma empresa que liberava. Tinha muitas vezes que tínhamos que subir de madrugada, ficar de uma hora até às três esperando encher nossa caixa. Tinha que ficar, porque água é tudo”, relata.
Na casa ao lado, está Agmar e sua família. Ele foi um dos mais entusiasmados quando o concreto começou a ser aplicado em frente ao seu lar. “Há oito anos eu sempre tinha que passar de botas no inverno por aqui e agora vou poder ver meus dois filhos irem para escolinha de sandália quando começarem a andar. Por isso fico emocionado com as coisas que estão acontecendo e têm para acontecer em Marechal Thaumaturgo”, declara.
Marinheiro e um amante da natureza de sua terra, Agmar passa seis meses do ano navegando entre Marechal e Cruzeiro do Sul. Nos outros meses, período de seca no Rio Juruá, fica com a família. A partir de agora poderá aproveitar ainda mais os passeios com os filhos recém-nascidos. “Eu me sinto feliz aqui porque é minha terra, é onde nasci e me criei. Eu amo minha Thaumaturgo”, afirma.
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[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_text_separator title=”Texto: Arison Jardim || Fotografia: Sérgio Vale ||”][/vc_column][/vc_row]