Mais famílias chegam à Cidade do Povo

Dona Luzia comemora o fato de estar em seu novo lar (Foto: Angela Peres/Secom)
Luzia comemora o fato de estar em seu novo lar (Foto: Angela Peres/Secom)

Sorriso no rosto, brilho no olhar e gratidão no coração. É o que define as famílias contempladas pela primeira remessa de casas do maior programa habitacional do Acre, o Cidade do Povo. Mais de 200 residências já estão ocupadas. Diariamente, outras famílias chegam ao local com a oportunidade de ter uma vida nova, livres da insegurança de saber se no ano seguinte seriam ou não atingidas pela cheia do Rio Acre. Mais do que isso: é deixar momentos de frustrações definitivamente para trás.

Maria Cristiane Alves, mãe da recém-nascida Kerolayne Vitória e mais três crianças, mudou-se para o novo lar há três dias. Na bagagem não vieram os traumas de quem já teve por vezes a casa inundada e os pertences avariados. Agora existe apenas o sonho de um futuro digno para os filhos, que crescerão na casa, que, agora sim, poderá chamar de sua.

“Estou muito feliz com o quarto dos meus filhos”, diz Cristiane (Foto: Angela Peres/Secom)
“Estou muito feliz com o quarto dos meus filhos”, diz Cristiane (Foto: Angela Peres/Secom)

Ao ver a alegria da pequena Catrine Alves, que fala sobre a melhor parte da casa nova, que é ter um quarto, a mãe, Cristiane, só pode ser grata pelo momento que vive a família. “Antes a gente dormia todo mundo junto porque a casa não tinha nem divisão, agora meus filhos têm o quartinho deles e estão muito felizes”, frisou a mãe.

O mesmo filme passou na cabeça de Luzia da Silva. Hoje, aos 75 anos, ela não precisará mais ter que se deslocar para os abrigos em dias de inverno amazônico. Ainda se permitindo admirar cada detalhe da casa para onde acabara de mudar há quatro dias, alerta, preocupada: “Não repare a bagunça que ainda está pela casa; meu filho e minha nora ainda estão colocando cada coisa no seu lugar”.

Para Margarete Ferreira, já deu tempo de assimilar que a casa própria hoje é uma realidade, diferentemente do dia em que a equipe da Secretaria de Estado de Habitação (Sehab) ligou para convidar a família fazer a vistoria da casa. Instigada pelo convite, perguntou ao marido: “Mas, amor, o que é vistoria mesmo?”. Logo, ele respondeu, para a alegria de Margarete. “Parecia um sonho, eu não acreditava”, frisa.

Há mais de dois anos no aluguel social, ela conta que não conseguiu dormir na noite que antecedia a mudança. Contente com a casa nova, onde não precisará colocar cortinas no lugar de parede, deixa um recado: “É preciso ter fé, pois eu sabia que um dia ia ganhar”.

Margarete Ferreira mudou-se para a Cidade do Povo em 28 de maio (Foto: Angela Peres/Secom)
Margarete Ferreira mudou-se para a Cidade do Povo dia 28 de maio (Foto: Angela Peres/Secom)

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