Atividades recreativas, culturais e de reforço escolar serão aplicadas aos alunos da Humberto Soares
Ângela Silva e o filho Raisson, 13, apoiaram a iniciativa de ter atividades no contraturno (Foto: Eunice Caetano/SEE)
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Oficineiros voluntários ministrarão várias atividades durante os dez meses do programa (Foto: Eunice Caetano/SEE)
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Raisson Silva, aluno da 5ª série da Escola Humberto Soares da Costa, é um adolescente de 13 anos que tem uma rotina idêntica à maioria dos outros jovens de sua idade. Pela manhã, vai à escola e à tarde costuma brincar com os colegas do bairro onde reside, mas essa rotina vai mudar a partir de agora, pois ele é um dos 200 alunos da Humberto Soares matriculados no Programa Mais Educação, lançado na manhã desta terça-feira, 31. Nessa unidade, serão oferecidas seis oficinas no contraturno das aulas.
Matriculado no reforço escolar de matemática, Raisson acredita que suas dificuldades na disciplina devem diminuir. "Vou aprender muito mais com as aulas extras, além de poder praticar capoeira e futebol, atividades que gosto de participar", afirma. A mãe de Raisson, Ângela Silva, declarou que a oportunidade de o filho passar o dia na escola é uma preocupação a menos para a família, pois evita o envolvimento com "coisas erradas". "Penso que isso veio para incentivá-lo a realizar seus sonhos", afirma.
As oficinas ministradas nesta etapa abrangem reforço escolar (português e matemática), capoeira, desenho, recreação e dança. Durante dez meses, os estudantes vão frequentar diariamente as oficinas ministradas por voluntários como o ex-aluno da Humberto Soares Clayann Lima. Ele dará reforço em matemática para jovens com dificuldade na disciplina. "Muitos alunos não conseguem assimilar o conteúdo nas aulas regulares, por isso essa iniciativa é importante porque eles vão se desenvolver melhor", declara.
Até junho de 2011, mês provável para o término das atividades do Mais Educação na Humberto Soares, os voluntários receberão ajuda de custo para transporte e alimentação, que pode chegar a R$ 300 mensais. Os recursos para gerir o programa vão direto para a escola, onde são monitorados pelo conselho escolar, responsável pela execução e planejamento. O dinheiro é destinado para a compra de materiais das oficinas, ressarcimento dos monitores e adequação dos espaços.
Atualmente, 48 escolas dos municípios de Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul fazem parte do Mais Educação. A previsão é de que a partir de outubro haverá inclusão de novas escolas. Um dos critérios utilizados para a inserção no projeto é o Índice de Desenvolvimento da Eduçação Básica (Ideb) apresentado pela instituição. Se for abaixo da média do Brasil, a unidade é credenciada.
Instituído em 2007 como parte integrante do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o Mais Educação veio para ampliar a jornada escolar na perspectiva da educação integral. No Acre, o projeto teve início em 2008.
