Segundo os dados do IBGE, a esperança de vida ao nascer no Acre passou para 72,9 anos em 2013 (Foto: Arquivo Secom)
Segundo os dados do IBGE, a esperança de vida ao nascer no Acre passou para 72,9 anos em 2013 (Foto: Arquivo Secom)

A expectativa de vida do acreano ao nascer aumentou 12,6 anos entre 1980 e 2013, o que representou um crescimento superior ao da longevidade nacional, que no mesmo período alcançou 12,4 anos.

Esse é um dos dados da “Tábua Completa da Mortalidade para o Brasil – 2013”, que foi divulgada nesta segunda-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando as taxas de expectativa de vida e de mortalidade infantil das 27 unidades da Federação.

Segundo os dados do IBGE, a esperança de vida ao nascer no Acre em 1980 era de 60,3 anos e passou para 72,9 anos em 2013, com um aumento de 12,6 anos, o que representou a décima maior elevação da longevidade entre todos os estados brasileiros – superior inclusive a de estados mais desenvolvidos como São Paulo (11 anos), Rio de Janeiro (11,1 anos) e Rio Grande do Sul (9,1 anos).

A longevidade registrada no Acre no período foi superior às registradas em estados como Bahia (59,7 anos em 1980 e 71,9 anos em 2013), Pernambuco (56,7 e 72,6 anos), Sergipe (60,2 e 71,9 anos) e o vizinho estado de Rondônia (60,0 e 70,7 anos). E ultrapassou em 2013 a longevidade do Amazonas, com 71,2 anos, e do Pará, com 71,5 anos.

O aumento da expectativa de vida do Acre foi maior entre as mulheres, que saíram dos 62,9 anos em 1980 para 76,6 anos em 2013, representando um aumento da ordem de 13,7 anos, considerado o oitavo maior do país, também superior à média nacional, de 12,9 anos. Entre os homens, a longevidade saiu dos 58,3 anos em 1980 para 69,7 anos em 2013, com aumento de 11,4 anos, o nono maior do país, que apresentou média de 11,7 anos.

Índices da mortalidade infantil também são favoráveis

Investimentos na saúde refletem na melhoria dos índices (Foto: Angela Peres/Secom)
Investimentos na saúde refletem na melhoria dos índices (Foto: Angela Peres/Secom)

Em termos da redução da mortalidade infantil no mesmo período, os dados do IBGE também apontam uma posição muito favorável ao Acre, mostrando que o estado teve a décima segunda maior redução do país, saindo de 69,6 mortes por cada mil nascidos vivos em 1980 para 19,2 mortes em 2013, representando uma redução de 50,5 mortes.

A redução da mortalidade infantil do Acre foi superior aos decréscimos registrados nas mortalidades infantis de alguns dos estados mais desenvolvidos do país, como São Paulo (45,9), Rio de Janeiro (39,1), Paraná (43,5), Santa Catarina (36,0), Rio Grande do Sul (26,00) e Distrito Federal (34,5).

Em 2013, a mortalidade infantil do Acre foi inferior às registradas em estados mais desenvolvidos como Bahia, com 19,9 mortes por mil nascidos vivos; Alagoas, 24 mortes; Maranhão, 24,6 mortes; e o vizinho estado do Amazonas, com 20 mortes por cada mil nascidos vivos.

Segundo o IBGE, a melhoria da expectativa de vida e a redução da mortalidade infantil em todo o país podem ser explicadas pelos avanços no saneamento básico, na cobertura vacinal, nos programas de atenção pré-natal e de aleitamento materno e por iniciativas governamentais, como o Programa Bolsa Família e o programa de transferência de renda. As ações da maioria desses indicadores foram ampliadas particularmente no país durante os 12 anos dos governos Dilma e Lula. No caso do Acre, os avanços se deram durante os 16 anos dos governos da Frente Popular.