Lideranças indígenas aprendem sobre o Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais do Acre

Oficina de Formação e Informação é ministrada para representantes das 16 etnias indígenas do Acre (Tashka Yawanawá)
Oficina de Formação e Informação é ministrada para representantes das 16 etnias indígenas do Acre (Tashka Yawanawá)

Oficina de Formação e Informação é ministrada para representantes das 16 etnias indígenas do Acre (Tashka Yawanawá)

Cadeira elétrica! Todos ficam em pé imediatamente e quem dorme no ponto tem que pagar uma prenda. É com esse grito que Josias Kaxinawá, que recebeu a missão de ser o animador do curso, acorda e renova as energias de todos os participantes da Oficina de Formação e Informação ministrada para representantes das 16 etnias indígenas do Acre, que estão reunidas no Centro de formação da Comissão Pró-Índio, na estrada Transacreana.

O curso nasceu da necessidade de capacitar as comunidades indígenas para serem os principais atores na definição dos aspectos e regras da política de pagamento a serviços ambientais para sua própria comunidade. É uma iniciativa do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), a organização Forest Trends e a Comissão Pró-Índio e faz parte de esforço de implementação do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais do Acre (Sisa), criado em 2010. “Estamos ofertando informação ampla, confiável e verdadeira sobre os impactos das mudanças climáticas e sobre o que o Governo do Estado está fazendo para evitar mais degradação e para beneficiar as pessoas que, por vontade própria, assumem o papel de protetores da natureza e da biodiversidade”, explicou o diretor presidente do IMC, Eufran Amaral.

O Sistema de Incentivo a Serviços ambientais é dirigido pelo Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais. Visa incentivar a provisão de serviços de ecossistemas, incluindo o sequestro de carbono, belezas cênicas, biodiversidade, conhecimentos tradicionais, recursos hídricos e conservação do solo. É uma das políticas públicas que faz parte do plano de desenvolvimento sustentável do Acre.

O sucesso desta política implica na contínua participação e envolvimento da sociedade civil, em especial, das comunidades diretamente afetadas pelo aumento das pressões sobre as florestas e pelo aquecimento global que altera o clima local, como os povos indígenas. Estas populações dependem diretamente dos recursos naturais oriundos das florestas e também são responsáveis pela conservação dos mesmos.

O curso de cinco dias e terá como palestrantes e instrutores representantes indígenas da Coordinadora de las Organizaciones Indigenas de la Cuenca Amazonica (Coica), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), da Associação Metareila do Povo Indígena Surui, do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), do Centro de pesquisa de WoodsHole,  do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola  (Imaflora), da Assessoria Especial de Assuntos Indígenas (AEAI), da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI/AC) e do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC).

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