Governador Binho Marques indicou o empresário e presidente da Fieac para dirigir o Conselho da Administradora da Zona de Processamento de Exportação do Acre S/A
O engenheiro eletricista João Francisco Salomão é o presidente do Conselho da Administradora da Zona de Processamento de Exportação (AZPE) do Acre. A indicação foi feita na manhã desta quinta-feira, 26, pelo governador Binho Marques. A AZPE, empresa de economia mista vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, irá gerir e manter a ZPE e foi criada pela lei 2.296, de 10 de julho, sancionada no dia 30 de julho por Binho Marques. João Salomão é presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e possui o perfil apontado pelo governador para gerir o empreendimento. "Em nome da Federação, a gente fica muito honrado", disse João Salomão.
O processo de implementação da ZPE segue em ritmo acelerado. Já em dezembro próximo, por exemplo, estará tudo preparado para que no mês de janeiro de 2011 a ZPE comece a receber suas primeiras indústrias. A expectativa, em curto prazo, entretanto, é de que a ZPE do Acre se transforme, pela sua proximidade e condições logísticas, em uma plataforma de suprimento parcial dos produtos brasileiros para os mercados dos países vizinhos. Cerca de 30 milhões de pessoas que vivem em um raio de 75 quilômetros do Acre deverão ser impactadas pela ZPE. O primeiro destes efeitos se traduz em demanda por serviços, bens de capital, mão-de-obra e matérias primas para as empresas instaladas na ZPE. O segundo, em difusão de novas tecnologias, treinamento de mão-de-obra e em práticas de gestão mais modernas, adotadas pelas empresas da ZPE. Outros novos investimentos serão implantados em módulos, de acordo com a demanda de instalação das indústrias.
A ZPE do Acre será implantada na BR 317, a pouco mais de um quilômetro do Centro de Senador Guiomard. A ZPE ocupa um terreno de 130 hectares e há outros 80 ha em fase de aquisição. O advento da ZPE ocorre em uma Zona Especial de Desenvolvimento (ZED), conceito criado pelo governador Binho Marques para definir áreas de maior dinâmica econômica, localizadas na área de influência direta das rodovias federais BR-317 e BR-364, dotadas de melhor infraestrutura, com empreendimentos consolidados, ocupação territorial definida e significativo capital social. As instalações já construídas pelo Governo do Estado, onde estava previsto inicialmente o funcionamento do Porto Seco, já destinavam espaços específicos para as atividades de fiscalização, vigilância e controle aduaneiros, de interesse da segurança nacional, fitossanitários e ambientais. A estrutura da ZPE será composta pela área de administração, um restaurante, uma agência dos correios, um posto de saúde, uma oficina mecânica para os caminhões, 12 salas para funcionamento dos órgãos fiscalizadores como Ibama e Anvisa, agência bancária para operações de câmbio, e um galpão de 1.470 m² que irá funcionar como um pátio para escoamento da mercadoria, com espaço para instalação de uma câmara frigorífica. Todas essas instalações são adaptadas com acessos para cadeirantes, iniciativa pioneira da ZPE do Acre.
Para o governador, João Salomão reúne as condições ideais para consolidar a parceria entre o poder público e a iniciativa privada no âmbito da ZPE. "Ele é uma pessoa com muita capacidade", afirmou Binho Marques.