ISE incentiva leitura como medida de ressocialização de adolescentes

Meninas que cumprem medidas socioeducativas tiveram contato com a leitura (Foto: Pedro Paulo)
Meninas que cumprem medidas socioeducativas tiveram contato com a leitura (Foto: Pedro Paulo)

Adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na unidade de internação Mocinha Magalhães visitaram nesta quinta-feira, 14, a Livraria Paim, em Rio Branco.

A visita faz parte do Sarau Literário, desenvolvido pelo Instituto Socioeducativo (ISE) todo ano, como medida pedagógica de ressocialização de jovens que cumprem medidas previstas em lei.

Doze adolescentes com idades entre 15 e 17 anos participam do Sarau Literário, que este ano homenageia Monteiro Lobato.  Na próxima quarta-feira, 20, um grupo de socioeducandas vai expor textos às autoridades da área de Segurança Pública e Direitos Humanos, discutir literatura e conhecer um pouco mais da história da literatura.

Além do contato com os livros, as adolescentes tiveram a oportunidade de conhecer também a trajetória do empresário Manoel Maria Paim, proprietário da livraria.

“A criança e o adolescente, por lei, têm a especial proteção do Estado, porém, é dever da família e da sociedade lhes garantir com prioridade o direito à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Toda iniciativa no campo da leitura, por menor que seja, é valida”, ponderou Paim.

Novo Olhar

Lúcia Regina, professora que acompanhou as adolescentes, lembra que na Escola Darquinho, que funciona sob a responsabilidade do ISE em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Esporte, está inserido o projeto Novo Olhar, pelo qual a equipe pedagógica distribui livros de vários gêneros literários aos internos, com trocas semanais, para estimular a leitura.

R.M.S, de 15 anos, que cumpre medidas socioeducativas, disse que não tinha a consciência da leitura e enxergou no projeto Novo Olhar, oferecido pelo governo, a oportunidade de mudar sua convivência em sociedade, a começar pela relação com a própria família. “O livro promove mudanças e viagens, sem que a gente precise sair do lugar”, analisou.

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