Nesta terça-feira, 15, foi realizada em Brasileia a primeira reunião trinacional de preparação para a décima edição do Fórum MAP (Madre de Díos, Acre e Pando).
O grupo, formado por representantes das áreas de fronteira do Brasil, Peru e Bolívia, esteve reunido para discutir a programação do fórum, que será realizado dias 9, 10 e 11 de novembro, em Rio Branco.
Representantes da Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Federal do Acre (Ifac), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Companhia Especial de Fronteira, Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais (IMC), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), além da comitiva de Madre de Díos e de Pando, participaram do encontro.
Com o tema “Novos caminhos para adaptação e resiliência a eventos extremos climáticos na região”, o evento vai promover debates em torno de temas como estratégias para o fortalecimento da economia e infraestrutura, planejamento regional, e direitos humanos e ambientais.
Para a coordenadora de organização do grupo brasileiro, a técnica da Universidade Federal do Acre (Ufac) Cristina Boaventura, a iniciativa MAP garante maior integração entre os países.
“Atualmente, já é possível observar a integração entre os órgãos dos governos que atuam na região de fronteira, sem a intervenção do MAP. Mas tudo começou quando o grupo se reuniu e deu início a esse processo de fortalecimento e integração, visando fortalecer o trabalho sociopolítico de cada lugar”, disse.
O governo do Estado apoia a iniciativa, que começou em 1999, e tem contribuído de maneira fundamental para a diminuição dos impactos, dos eventos extremos e para o fortalecimento do sistema de alerta na região.
“Quando a gente se reúne com os integrantes do MAP e consegue trabalhar modelos de adaptação e resiliência, estamos potencializando a mitigação de novos efeitos. O que acontece no Acre reflete na Bolívia e no Peru, e vice-versa”, explicou a chefe do departamento de monitoramento do IMC, Nésia Moreno.
A iniciativa MAP
O primeiro encontro foi realizado em 1999, quando um grupo de pesquisadores se reuniu para discutir os efeitos das mudanças climáticas na região de fronteira.
Após identificar a necessidade de que os três países precisavam fortalecer a integração, para garantir o bom funcionamento de um sistema de alerta, o grupo passou a se reunir para discutir formas de ajudar o poder público e a sociedade civil.
Além de eventos extremos, a iniciativa MAP identificou outras demandas que eram comuns entre os três países, como direitos humanos, segurança e educação ambiental, entre outros. Desde o primeiro, nove fóruns foram realizados, a fim de fortalecer a integração na região.
