Encontro para definir ações de combate à violência foi realizado nesta quinta-feira
A reunião foi na manhã desta quinta-feira, 3, na Delegacia Especializada da Mulher (Deam). Estiveram presentes a deputada Federal Perpétua Almeida, a secretária de Políticas para as Mulheres, Concita Maia, o secretário de Polícia Civil, Emylson Farias, o diretor operacional da secretaria de Segurança Pública, Alberto Paixão, a coordenadora municipal da Mulher, Rose Scalabrin, assistentes sociais e psicólogos.
O encontro foi um pedido da deputada federal Perpétua Almeida que está atualmente na Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal para acompanhar o cumprimento da Lei Maria da Penha nos estados do Brasil. “Para que a Lei Maria da Penha seja cumprida é preciso ver como está a Rede de proteção à mulher. Eu começo pelo Acre até para me colocar a disposição como parlamentar para tratar dentro da bancada das demandas desta área para que a gente possa ajudar a proteger essa mulher e dar assistência ao agressor para que ele mude esse comportamento”, disse a deputada.
Durante o encontro uma das principais necessidades percebidas foi o fortalecimento da Rede de Proteção (Reviva), que existe em Rio Branco. “A pesquisa realizada pela secretaria de Segurança mostrou os índices de violência contra a mulher e a 5ª regional é a que tem maior índice. A SEPMulheres já está propondo ações para que os 16 dias de ativismo pelo Enfrentamento a Violência contra a Mulher, que ocorre internacionalmente, seja nessas áreas de maior incidência”, comentou Concita Maia.
Para o secretário Emylson Farias essa é uma problemática que cresce não só no Acre, mas em todo o Brasil. “É fundamental que a gente fortaleça a Rede de Proteção (Reviva). Temos que olhar todos os lados da questão, unindo a força policial, a saúde, assistência e educação para que possamos chegar aonde queremos que é o fim dessa violência”, falou Emylson.
“Ver todos se mobilizando para ajudar a proteger a mulher, dar mais apoio é importante para que sigamos no caminho correto”, disse Rose Scalabrin.
Para todos os que estavam presentes não adianta apenas prender o homem agressor. É preciso também dar estrutura para que ele desconstrua esse comportamento. “Não podemos falar só na mulher agredida. O homem agressor também precisa de atendimento, apoio para que não volte a cometer o crime”, enfatizou a delegada Áurea Dene. Ainda segundo a delegada, a Deam conta com sete delegados, sendo quatro plantonistas, além de psicóloga e assistente social. “Só isso não basta. O homem precisa vir para o nosso lado”, concluiu a delegada.
A secretária Concita Maia lembrou que a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres assinou a Carta de João Pessoa, em João Pessoa, no mês passado, onde é reafirmado o compromisso do Judiciário no combate à violência contra a mulher.
“Uma próxima reunião será marcada com todos os que compõem a Reviva para que sejam apontadas as principais dificuldades da Rede de Proteção. Uma secretaria sozinha não consegue dar as respostas que as mulheres vítimas de violência esperam, mas todas as secretaria unidas, o Governo do Estado, parlamentares comprometidos como a deputada Perpétua, Judiciário, todos juntos podemos encontrar os melhores caminhos para devolver a dignidade à mulher”, finalizou a secretária de Políticas para as Mulheres.