Imac leva educação ambiental ao interior do Acre

Por Fabiana Matos

Desmatamento, queimadas e impactos ambientais foram alguns dos temas abordados pela equipe da Educação Ambiental do Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac) durante visita às escolas dos municípios de Plácido de Castro e Acrelândia e associações.

A escola é exemplo em reciclagem. Foto: cedida

Em Plácido de Castro, mais de 100 alunos da Escola Flávia Barros Pimentel, localizada na zona rural, prestigiaram a atividade, que uniu leitura e preservação ambiental.

“Estamos em uma escola em que 90% dos alunos são filhos de agricultores que ainda mantêm a tradição de derrubadas como meio de sustento. Com essa palestra vamos conscientizar os filhos para que eles possam levar a seus pais informações de que existem outros meios para que a agricultura e a floresta continuem intactas”, disse o diretor da Escola Sharlen Ferreira.

A escola é exemplo em reciclagem, mais de 20% do lixo são rejeitos (que não podem ser aproveitados ou reciclados) e 15% papel. Todo material é entregue à prefeitura, a fim de que seja destinado ao local correto.

A Associação de Porto Dias contempla mais de 20 mil hectares e abriga cerca de 50 famílias. Foto: cedida

No município de Acrelândia, com mais de 15 mil habitantes, falar sobre preservação ambiental tornou-se pauta necessária. Com a cultura de subsistência em dia, a Associação de Porto Dias, construída com recursos oriundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), contempla mais de 20 mil hectares e abriga cerca de 50 famílias. As madeiras com que trabalham são de reaproveitamento de árvores que se encontram tombadas na floresta, com existência entre 10 e 20 anos. Quanto maior o tempo, melhor para o trabalho, pois valoriza as irregularidades e as rachaduras provocadas pela passagem do tempo. Balsamo Roxo, Jacarandá do Amazonas e Breu Vermelho são as mais utilizadas.

Nonato Montefusco, de 53 anos, filho de italianos, trabalha desde os 12 anos na produção de artesanato e móveis de decoração. Ele explica que as peças são assimétricas e possuem uma espessura bem fina, de mais ou menos 8mm. “São feitas com motosserra e a precisão do corte valoriza as curvas da madeira. Todo o material é exportado para países europeus”, complementa.

Foto: cedida

Segundo o presidente do Imac, André Hassen, “a presença da equipe da Educação Ambiental nas associações e escolas rurais nos municípios tem o objetivo de aproximar o órgão e a sociedade, levando orientação e legislação ambiental”.

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