O Acre se prepara para o momento decisivo de um passo dos mais importantes do setor produtivo do estado nas últimas duas décadas: a certificação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação.
O novo status elevará a pecuária acreana a um novo estágio comercial e econômico, acompanhando a situação de países vizinhos, como o Peru e a Bolívia, que atingiram essa condição nos últimos anos.
O momento decisivo para a certificação do estado acreano é a auditoria do Mapa, que será realizada a partir do próximo dia 9 de março nas unidades do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) nos municípios de Capixaba, Xapuri, Plácido de Castro, Sena Madureira e Feijó, além da unidade central de Rio Branco.
Para isso, desde dezembro do ano passado, uma série de investimentos foram feitos pelo governo do Estado, por meio do próprio Idaf, em parceria com o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre, o Fundepec/AC.
Entre as principais ações, destacam-se a construção e reformas de prédios das Unidades Locais de Defesa Agropecuária (Uldag), aumento do parque tecnológico, ampliação da frota de veículos de serviço, padronização de procedimentos de atividade técnica, além da realização de concurso público, para formação de cadastro de reserva, cujas provas serão aplicadas no próximo dia 15.
Nos últimos dias, o presidente do Idaf, Rogério Melo, esteve visitando todas as unidades de defesa do estado passíveis de auditoria para conferir de perto os preparativos, assim como prestar apoio aos médicos veterinários Grisiela Tessinari, Ane Gabrielle Lima, André Coutinho Alcanfor, Paula Mandroti, Jardany Sales e Renan Viana responsáveis pela representação do órgão nos municípios que serão visitados pelo Ministério da Agricultura.
“Foi a última visita antes da auditoria. O propósito é fazer os ajustes finais e deixar claro a confiança da gestão nos profissionais que serão auditados. Estamos todos ombreados na missão de fazer com que o estado do Acre se torne Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação”, afirmou o presidente.
Nas visitas às unidades de Plácido de Castro, Sena Madureira e Feijó, o presidente Rogério Melo e sua equipe tiveram a companhia do presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, André Luiz Carvalho, e do secretário da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), Edivan Maciel, que manifestou todo o apoio de sua pasta às ações do Idaf.
“Estivemos junto com a comitiva do Idaf, verificando os últimos detalhes antes da auditoria do Mapa, que acontecerá entre os dias 9 e 13 deste mês. Nós estamos confiantes no estado do Acre livre de febre aftosa sem vacinação”, disse o secretário.
Em Xapuri, a médica veterinária Ane Gabrielle explica que os trabalhos de preparação para a auditoria estão ocorrendo de maneira intensa e que, além de todas as ações de organização, a unidade também mantém em dia todas as atividades e atendimentos do mês corrente.
“Estamos inteiramente voltados para os procedimentos de preparação, para a organização dos documentos e materiais relacionados à vistoria, além daquelas do cotidiano da unidade referentes ao mês em curso. A nossa expectativa para a semana de auditoria é muito boa e esperamos responder de maneira positiva a esse passo importante para que o estado retire a vacinação com êxito”, disse a chefe da unidade.
No município de Capixaba, a veterinária-chefe Grisiela Tessinari diz que a expectativa para o novo cenário do estado é animadora. Ela destacou as melhorias ocorridas, como a reforma das unidades, a aquisição de novos automóveis e o reforço quantitativo de médicos veterinários e técnicos, como razões do otimismo.
“É com grande entusiasmo que após 42 etapas e cobertura acima de 95% do rebanho, o Acre se prepara para a retirada da vacinação. As várias ações realizadas demonstram que o estado tem potencial e está preparado para dar mais esse passo em direção ao desenvolvimento”, afirmou.
A auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Acre ocorre entre os dia 9 e 13 de março. O objetivo é a manutenção de um serviço veterinário oficial estruturado, alinhado às necessidades da pecuária nacional e adequado às diretrizes internacionais de saúde animal.