O produtor rural José Evilson Silva notificou, em janeiro, a suspeita de raiva entre animais de sua propriedade, na Colônia Boca do Florestal, situada a dez horas de barco da sede do município de Feijó.
Com a confirmação do caso de doença por exame laboratorial, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) designou uma equipe que se deslocou até a localidade, para realizar uma série de ações de vigilância, prevenção e controle da doença.
A ação do instituto teve início em fevereiro e se encerrou no início de março, após visitas a oito comunidades da região, onde se constatou a morte de 28 bovinos, 25 ovinos e um equino.
Foi realizada captura de morcegos, que transmitem a doença por meio de mordida, e principalmente ações de educação em saúde, dirigidas aos produtores e moradores de toda a área.
Medidas de prevenção
“Pedimos aos produtores rurais e à comunidade em geral que, diante de qualquer alteração no comportamento de seus animais, evitem contato e procurem imediatamente uma unidade do Idaf”, relata o coordenador da Educação em Saúde Animal do Idaf, Everton Arruda.
Além disso, a população deve procurar a secretaria municipal de saúde para vacinar seus cães e gatos, o que pode salvar vidas, já que a raiva não tem cura e mata. Animais de produção também podem ser vacinados em qualquer época. A medida evita também perdas financeiras, como ocorreu na colônia de José Evilson.
A raiva dos herbívoros (animais que se alimentam de vegetais), além de levar à morte o animal infectado, também pode ser transmitida para humanos, ou seja, é uma zoonose grave. Em 2021, foram confirmados cinco casos de raiva em Feijó.