O treinamento de Atendimento à Notificação de Suspeita de Doença Vesicular, organizado pelo governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), teve início nesta segunda-feira, 8, no auditório da Federação do Comércio (Fecomércio).
A doença vesicular, de acordo com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é um conjunto de doenças transmissíveis caracterizadas pela presença de vesículas ou lesões vesiculares na região da boca, focinho, patas ou úbere, associadas a condições clínicas que apresentem indícios de prévio contato com agente infeccioso causal.
Segundo o presidente do Idaf, José Francisco Thum, o treinamento é um pré-simulado que busca capacitar e treinar as equipes, logo que o rebanho acreano é o maior patrimônio da pecuária do estado. Sem a vacinação, o animal fica exposto à doença. “O Idaf, como órgão encarregado da defesa sanitária, precisa de uma equipe bem treinada e apta nas eventualidades de vir a surgir um foco de uma doença vesicular. Esse treinamento é um investimento para as equipes”, afirma o presidente.
De acordo com dados apresentados pelo instituto, o último foco de febre aftosa no estado foi em junho de 1995. Essa preparação na ausência da doença serve para detecção precoce da patologia e a comprovação do status de zona livre.
O coordenador técnico dos simulados de atendimento à suspeita de doença vesicular, Gabriel Torres, explica que a ideia é capacitar os médicos veterinários para atender uma suspeita de febre aftosa ou de uma doença vesicular. “Esse treinamento é muito importante, considerando o status atual do estado, que é um status livre sem vacinação. Então, nesse cenário, em caso de reintrodução de uma doença, onde não ocorre vacinação, a dispersão é rápida. O correto é o atendimento da suspeita inicial e a qualidade desse atendimento vai refletir em todo processo”, finaliza o auditor fiscal.
O participante do simulado e médico veterinário do Idaf, Alexandre Fernandes, destaca a relevância do treinamento para o estado do Acre. “Hoje esse evento nos ajuda a ficar cada vez mais preparados. Se surgir algum foco de febre aftosa, então, é de suma importância atender o quanto antes qualquer notificação de produtores ou terceiros”, aponta o veterinário.
Com uma programação que dura até a sexta-feira, 12, dividindo-se em uma parte prática e outra teórica, o evento é coordenado por instrutores e representantes estaduais e federais.
O evento contou com a presença do presidente do Idaf, José Francisco Thum; o auditor fiscal federal agropecuário do Mapa, Gabriel Torres; o auditor fiscal federal agropecuário (Affa), Nilton Antonio de Morais; o superintende federal de agricultura – SFA Paulo Teixeira Trindade; o superintendente da Fecomércio, Egidio Garo; o representante da Federação da Agricultura, Marcelo Cordeiro; e o presidente do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado do Acre (Fundepec), José Marcos Leite.
Além dos representantes, também participaram médicos veterinários de vários municípios do estado do Acre, de Rondônia e do Amazonas.