Com atendimentos voltados aos preventivos de câncer de colo do útero (PCCU), o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-Ac), em parceria com o Centro Universitário Uninorte, por meio dos graduandos de Medicina e a Unidade Básica de Saúde Barro Vermelho, realizou nesta sexta-feira, 21, um mutirão de PCCU na Unidade de Regime Fechado Feminino de Rio Branco. A ação se estenderá até a próxima segunda-feira, 24.
O propósito é agregar políticas públicas para as mulheres que cumprem pena e que precisam da iniciativa do Estado, por meio de ações de saúde e assistência jurídica e de entidades privadas.
Reconhecendo a importância das instituições colaboradoras, o presidente do Iapen, Glauber Feitosa, destacou: “Nós buscamos agir de forma preventiva na Unidade Penitenciária Feminina. Com isso, estamos proporcionando às mulheres que estão reclusas um atendimento adequado, com um devido acolhimento e acompanhamento. Além dessa ação de saúde, há também a assistência jurídica e de outras entidades parceiras”.
É preciso investigar e detectar a doença no início. Tendo isso como princípio, a chefe da Divisão de Saúde afirma: “O preventivo do câncer do colo uterino é um exame muito importante, e hoje muitas mulheres estão sendo acompanhadas. O atendimento é para as mulheres de 18 anos de idade até 45, que têm uma vida sexual ativa”.
A gestora ainda frisou que é preciso detectar o câncer no primeiro estágio, pois isso possibilita que exista maior chance de cura.
O Iapen e o Centro Educacional Uninorte são parceiros nas ações de prevenção. Demonstração disso é a cooperação dos graduandos de Medicina, que vieram acompanhados de dois preceptores da instituição, e esses profissionais da Enfermagem, que atuam na unidade Barro Vermelho.
“Temos uma série de ações na unidade prisional e estamos contentes com as instituições parceiras. Além deles, também temos colaboradores voluntários, como é o caso da ginecologista que atende aos sábados”, contou a diretora do presídio feminino de Rio Branco, Dalvanir Azevedo.
Com esclarecimentos e algumas orientações, os universitários do curso de Medicina também informaram sobre os cuidados que a mulher deve ter com seu órgão genital, já que esse é responsável por muitas funções.
A saúde educacional é fundamental para se viver bem, e teoria e prática são aliadas do conhecimento, assim relata Beatriz Aragão, estudante de Medicina da Uninorte, do 4º período: “É muito importante o campo prático, principalmente na especialidade ginecologia, pois assim sabemos a história real das mulheres que podem precisar de atendimento médico, sobretudo aquelas que estão num ambiente específico, como o presídio. Para além das condições dessas mulheres, é dever do profissional oferecer saúde e assistência para todos”.
Os universitários foram acompanhados pela dupla de enfermagem: Antagoras Mesquista e Kerolayne Hettwer, ambos professores da Uninorte.
O Outubro Rosa lembra que devemos estar atentos aos sinais que o corpo manifesta, por isso é necessário ter cuidado.