I Encontro de Bombeiras do Acre discute os desafios da profissão

Em alusão ao Dia Nacional do Bombeiro Militar, comemorado em 2 de julho, o Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), desenvolve diversas atividades para celebrar a data. Nesta terça-feira, 26, foi realizada a primeira reunião de bombeiras do estado a fim de pontuar os desafios da profissão para as mulheres que integram a corporação.

I Encontro de Bombeiras do estado (Foto: Assessoria CBMAC)

O evento é um reconhecimento do governo do Estado, junto ao Comando do Corpo de Bombeiros, da importância da inserção de mulheres nas unidades. Segundo o comandante-geral do CBMAC, coronel Carlos Batista, a cada dia as mulheres vêm assumindo novas responsabilidades com competência e sensibilidade dentro da corporação.

“As bombeiras são bastante efetivas, desenvolvem muito bem suas funções, suas atividades seja em mergulho, seja salvamento em altura, atividades terrestres, além de trabalhos sociais. Estão sempre prontas aos desafios da profissão no dia a dia e, muito contribuem para a melhor eficiência e qualidade dos serviços prestados à sociedade”, ressaltou Batista.

Realizado com a perspectiva de proporcionar maior interação e unidade em prol do corpo efetivo de militares feminino, o encontro foi uma oportunidade de tratar sobre desafios e conquistas do efetivo, conforme ressalta a sargento Geiciane de Oliveira.

“Nos sentimos muito privilegiadas de fazer parte desse evento que é um reconhecimento de cada profissional do Corpo de Bombeiros, teremos uma semana de interação, de conquistas, com várias atividades e tenho certeza que será muito proveitosa para a nossa carreira profissional”, disse a sargento.

Soldado Luna representando o Alto Acre, relata experiência da profissão  (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Além de abordar os desafios de cada profissional, o encontro proporcionou troca de experiências e relatos emocionantes sobre o dia a dia da profissão. Atualmente, Nangela Luna é soldado do CBM/AC, mas pretende conquistar as maiores patentes na instituição, o que para ela vai muito além de uma conquista profissional.

“Nem todos os homens têm a mesma empatia pela mulheres no exercício da profissão. Lembro que quando eu fiz o Teste de Aptidão Física (TAF), ouvi que nós estamos ali para sermos eliminadas, aquilo me maltratou por dentro, mas serviu de estímulo para mostrar que nós somos capazes, e conseguimos, hoje somos vista como guerreiras, nosso objetivo é incentivar a outras mulheres a vestir a farda conosco e conquistar o topo da hierarquia”, ressaltou Luna.

Representando a Secretaria de Direitos Humanos, a socióloga Jaicilene Brasil, discursou sobre o empoderamento das mulheres, a partir de uma perspectiva de valorização do gênero feminino, no exercício da profissão originalmente exercida por homens.

“A gente acredita que a produção dos conhecimentos ela liberta, apesar de não estamos aqui para educar a essas profissionais, mas para produzir conhecimento, e esse conhecimento é um movimento individual que elas vão desenvolver no dia a dia. Pontuamos sobre o empoderamento das mulheres dignas de direitos e respeito frente ao patriarcado e ao machismo no mundo, da contribuição delas para uma sociedade mais digna e igualitária, dessas que são referência para muitas outras mulheres de nosso estado”, destacou a socióloga.

Convidadas ilustres participaram do I Encontro de Bombeiras no estado  (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Durante o encontro, a psicóloga Marcleine Paula de Melo pontuou sobre a profissão a partir de pesquisa realizada com homens e mulheres para identificar quais  os desafios da profissão para os dias atuais.

“Utilizamos uma metodologia inovadora, ativa que é voltada para a problematização da realidade, a partir de uma pesquisa nacional, feita em 2015, sobre a inserção de mulheres na carreira militar, que retrata muito bem a percepção de homens e mulheres e os desafios que ainda devem ser enfrentados”, pontuou.

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