Transmitida pela picada do mosquito fêmea infectada Anopheles, a malária causa febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dores de cabeça, e, em casos graves e sem o tratamento adequado, pode levar a óbito.
Os dados da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), relatam em 2016 a expansão da malária em países como, Colômbia, Equador, El Salvador, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá e Venezuela. Já em 2017, além do Brasil, Equador, México, Nicarágua e Venezuela também notificaram uma elevação do número de infecções.
No Brasil, as ocorrências da doença são mais frequentes nos estados da região amazônica. Com o período de chuvas, ocorre o aumento dessas notificações, devido ao acumulo de água e consequentemente mais locais de proliferação do mosquito.
No último boletim divulgado no dia 6 de março pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por meio da Vigilância em Saúde e do Departamento de Atenção Primária, foi constatado um aumento de 5% nos números de casos a nível estadual. Em 2016 foram registrados 34, 3 mil casos. Já em 2017 o número passou para 36 mil. No comparativo dos anos houve uma redução de 24,6% nas internações de casos graves.
No Acre, os casos de malária afetam com maior intensidade a região do Juruá que apresenta 97% das notificações no estado. Em 2017, houve um aumento de 10,4% nas notificações de Cruzeiro do Sul, 21,4 % em Mâncio Lima e uma redução de 21,3% em Rodrigues Alves.
“Mesmo que as ações de combate à malária sejam de responsabilidade dos municípios, em 2017, para melhor gerenciar as ações de enfrentamento no Juruá, o controle da Vigilância em Saúde foi regionalizado, mantendo assim uma equipe em Cruzeiro do Sul para atuar na supervisão, monitoramento, orientação e capacitação das equipes municipais”, destaca o diretor de Vigilância em Saúde, Moisés Viana.
O Estado apoia os trabalhos de controle da doença por meio da supervisão, realizando orientação e capacitação de pessoas que atuam na área, assim como o monitoramento e alerta aos municípios. Lembrando que a execução dos serviços de controle e combate à malária é de responsabilidade municipal. O último município do Acre a ser descentralizado foi Cruzeiro do Sul, em junho de 2017.
Ações de fortalecimento
A Sesacre, em parceria com o Ministério da Saúde, entregará aos municípios ainda neste mês de março, equipamentos para fortalecimento do combate à malária, como, camionetes, motocicletas, computadores, impressoras, microscópios, pulverizadores, grupos geradores portáteis, ar-condicionado, telefones. Sendo que a prioridade são as cidades com maiores índices de proliferação da doença.
Este ano, o Ministério da Saúde lotou apoiadores nos três municípios que têm maiores índices de casos de Malária no Acre (Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul), esses profissionais fazem parte de um programa mantido pelo MS e apoiado pelo Estado do Acre, e são de suma importância para o acompanhamento e apoio às ações dos municípios.